O anúncio da nacionalização do gás e petróleo provocou uma satanização da mídia contra os “interesses nacionais”. A Petrobras é a maior exploradora de gás na Bolívia, responsável pela maior rapina de suas riquezas.

A mídia insistiu no perigo da fuga dos “investidores internacionais”, combinando imagens de Morales e motoristas comentando o “inevitável aumento da gasolina”. Arnaldo Jabor, na Globo, foi mais longe. “O Evo Morales vai partir para bravatas nacional-indigenistas que isolarão a Bolívia”. Veja e IstoÉ chegaram a sugerir estado de guerra.

Tal atitude nada tem a ver com “os interesses nacionais”. O controle acionário da Petrobras pertence ao capital privado. Trata-se da defesa de poucos empresários que faturam alto com o gás boliviano. A população de um país que submete um povo-irmão não pode ser livre. O recurso de Lula a tribunais imperialistas contra o segundo mais pobre país do continente é absurdo. O apoio à total nacionalização do gás, sem indenização à Petrobras e outras transnacionais, é a única saída para os trabalhadores de ambos os países.

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