Nos próximos dias 13 e 14 ocorrem as eleições do Sindicato dos Trabalhadores em Energia, o Sintergia, no Rio de Janeiro. O sindicato representa os trabalhadores de empresas estatais e privadas de energia, como Furnas, Light, Eletrobrás, Fábrica do Gás, entre outras empresas menores, chegando a 32 municípios.

Concorrem duas chapas: a Chapa 1, da situação e ligada à corrente petista Articulação e à CUT, e a Chapa 2, “Democracia e Luta”, que reúne a Conlutas, a CSC (Corrente Sindical Classista) e as correntes sindicais do PSB e do PDT. A atual direção do sindicato, que ganhou as últimas eleições num processo fraudado com apenas 18 votos de diferença, implementa uma gestão totalmente comprometida com os patrões e o governo. Por isso, o eixo da campanha da Chapa 2 é a defesa de um sindicato independente e de luta, comprometido apenas com a categoria.

A Chapa 2 denuncia a atual direção, que não mobilizou os trabalhadores contra a reforma da Previdência de Lula, nem fala algo sobre as reformas sindical e trabalhista. O sindicato também não luta contra as demissões que ocorrem na Light. A empresa privatizada já havia demitido um integrante da Conlutas e, no último dia 10, anunciou a demissão de mais três trabalhadores.

Como se não bastasse, o sindicato assinou um escandaloso documento com a direção da empresa, intitulado “Implantação de Contrato Temporário”, que significa a precarização do emprego. Por isso, a campanha da Chapa 2 tem crescido muito, principalmente na Light. O grupo denuncia as reformas sindical e trabalhista e defende os direitos dos terceirizados, grande parte da mão-de-obra de Furnas e da Light.

“Propomos também a realização de um plebiscito na base, com um amplo debate público na categoria, sobre a desfiliação do sindicato à CUT, a ser realizado num prazo máximo de um ano”, afirmou Moreno, presidente da Associação dos Funcionários da Light e candidato a vice-presidente do Sintergia pela Chapa 2.
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