Durante evento sobre moradia, em São Paulo, o senador Eduardo Suplicy entregou a carta para Dilma Rousseff e Geraldo Alckmin, além do secretário de Habitação do Estado, Silvio Torres, do secretário-chefe da Casa Civil do Estado, Sidney Beraldo, e para o mA presidente Dilma Rousseff esteve em São Paulo nesta quinta-feira, 12, oonde encontrou-se com o governador do Estado Geraldo Alckmin (PSDB). O objetivo da reunião, ironicamente, era assinar um termo de cooperação para a construção de 97 mil casas populares no Estado. Essa parceria acontece exatamente no momento em que está prestes a acontecer um massacre em São José dos Campos (SP) porque cerca de 10 mil pessoas estão sendo despejadas de suas casas. O Vale do Paraíba, onde está localizada a cidade, está entre as prioridades do programa.

“Aqui em São Paulo, temos feito parcerias muito efetivas com o governador Geraldo Alckmin”, disse a presidente que definiu o acordo como “parceria estratégica”. O mínimo que se pode esperar diante disso é que a presidente faça valer o termo e que ele sirva para impedir o derramamento de sangue na maior ocupação urbana da América Latina, que está prestes a acontecer em São José.

Foi com esse intuito e o de pedir o apoio do senador que Toninho Ferreira, advogado do Pinheirinho, entregou uma carta a Eduardo Suplicy (PT). Segundo Toninho, o parlamentar, durante o evento citado, repassou a carta para Dilma Rousseff e Geraldo Alckmin, além do secretário de Habitação do Estado, Silvio Torres, do secretário-chefe da Casa Civil do Estado, Sidney Beraldo, e para o ministro das Cidades, Mario Negromonte.

“Agora ninguém pode dizer que não sabia. Todas as esferas de governo estão sabendo”, disse o advogado. Ele responsabilizou as autoridades: “se acontecer alguma confusão, a responsabilidade é das autoridades que sabiam e não fizeram nada pra impedir”.

Os moradores do Pinheirinho têm sofrido dias muito difíceis. A iminência do despejo violento tem tirado o sono e a paz daqueles trabalhadores que ficarão na rua. Em assembleia, na quarta-feira, 11, eles demonstraram que estão bastante organizados e dispostos a resistir. “Se for preciso, nós vamos derramar o nosso sangue naquela porteira”, disse Serginho, um dos líderes do Pinheirinho.