Uma comissão de sindicalistas e ativistas dos movimentos sociais viajará ao Haiti no dia 26. A viagem da delegação é uma iniciativa da Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas), que responde a um convite feito pela Batalha Operária (Batay Ouvrye), organização sindical e popular do país caribenho.

A visita ocorre no mesmo mês em que se completam três anos da ocupação militar. No dia 1° de junho de 2004, tropas da ONU lideradas pelo Brasil ocuparam militarmente o país. Longe de cumprir um papel humanitário, a presença das tropas é a expressão da dominação imperialista que sofrem os povos da América Latina. Os três anos da presença militar estrangeira no Haiti representam uma intervenção que fere a soberania do seu povo. A ocupação está serviço do imperialismo, cujo objetivo é explorar ainda mais o país e transformá-lo numa base de exportação dos produtos das grandes empresas multinacionais.

Atualmente, cerca de 1.200 soldados brasileiros se encontram no Haiti que, junto com tropas do Uruguai, Paraguai, Argentina e Chile, mantêm o território haitiano ocupado.

No entanto, engana-se quem acha que o povo haitiano está aceitando passivamente a ocupação. No início do ano, milhares foram às ruas e realizaram uma grande manifestação na capital Porto Príncipe exigindo a retirada imediata das tropas da ONU.

Atividades
A Conlutas está se somando a essa luta. Além de levar a solidariedade dos trabalhadores do Brasil à população haitiana, o objetivo da comissão é protestar contra a ocupação militar por tropas estrangeiras, particularmente contra a presença das tropas brasileiras.

A delegação levará ao Haiti um Publication Date