Luciana Genro (PSOL)
Roosewelt Pinheiro / ABr

Na madrugada de 23 de agosto, ocorreu uma tentativa de incendiar a casa de Joinville Frota, candidato a prefeito de Macapá pelo PSTU e presidente licenciado do Sindicato dos Rodoviários do Amapá (SINCOTTRAP).

Um grupo pulou o muro de sua residência e lançou um coquetel molotov. O fogo se espalhou pela parede e só com muito esforço foi controlado pelo próprio Frota e por sua filha. O incêndio poderia ter tirado a vida do presidente do SINCOTTRAP e de toda sua família.

Este é o quarto atentado contra Frota e dirigentes do sindicato. O primeiro ocorreu em 2003 com a invasão da sede da entidade. O segundo foi a emboscada contra a vida de sua companheira e diretora sindical, e o terceiro ocorreu no início do ano com a tentativa de incêndio à sede do sindicato.

Responsáveis
No momento, não é possível apontar um suspeito. Mas esse atentado aconteceu dois dias antes de uma paralisação de trabalhadores em duas empresas de ônibus na cidade. Ocorreu dias antes também da audiência na Justiça, em que o sindicato acionou empresas de ônibus da região. Tudo isso só vem confirmar a regra de que todos os atentados acontecem em períodos em que a categoria está em luta salarial.

Frota está à frente de um dos sindicatos mais combativos do Estado. Além disso, é um militante socialista que defende a luta dos trabalhadores e profundas transformações sociais em nosso país.

Não houve por parte das autoridades públicas qualquer medida concreta que tenha levado à identificação dos responsáveis pelos atentados anteriores. Isso torna o poder público cúmplice e incentivador de atos criminosos como o que acaba de ocorrer. Qualquer agressão que venha a acontecer novamente contra a vida e a integridade física de Frota e sua família, portanto, será debitada na conta das empresas de ônibus, do governo do Amapá e do governo Lula.

Exigimos das autoridades públicas medidas imediatas e efetivas contra o atentado. Cabe à Justiça Eleitoral garantir condições democráticas para que Frota leve adiante sua campanha pela Prefeitura de Macapá. Cabe ao governo do Amapá e ao governo federal, aos órgãos policiais e ao Poder Judiciário identificar e punir os responsáveis pelo atentado, incluindo os mandantes.

Chamamos todas as organizações da classe trabalhadora e as entidades democráticas a solidarizarem-se com Frota, sua família e o SINCOTTRAP. É preciso somar-se à exigência de respeito aos direitos sindicais e democráticos, contra a criminalização da luta e das organizações da classe trabalhadora e pela garantia da vida de seus dirigentes.
Post author Direção Nacional do PSTU
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