Leia a carta aberta do ativista Guilherme. Veja a íntegra no site do PSTU“Meu nome é Guilherme e sou gay. E, hoje, me tornei o ‘rosto’ da última agressão contra gays, lésbicas, bissexuais ou transexuais na região da Paulista, em São Paulo. Mas poderia ser Maria, Edson, Yuri ou Cindy… Poderia ser nordestino, negro, travesti ou mulher. E poderia estar em qualquer esquina do Brasil.

Poderia ser mais um número, vítima anônima desses indivíduos e bandos homofóbicos neofascistas que atuam para destruir tudo o que não se enquadre no padrão ‘homem-branco-heterossexual’. E mesmo que, agora, eu exija ser reconhecido como ‘vítima’ de um crime, isto, pra nada, significa que me sinta fragilizado.

Muito pelo contrário. Sinto-me mais forte do que nunca e isto se deve ao enorme apoio que tenho recebido. Por isso, hoje, acima de tudo, venho a público agradecer, em meu nome e da Secretaria LGBT do PSTU, esta fantástica onda de indignação e solidariedade motivada pelo que ocorreu comigo.

Isso só demonstra que a homofobia não é um problema individual. É algo que afeta a todos nós. Se nada for feito, todos podemos ser “mais um” Guilherme, ou seja, alguém que eles acham que pode ser perseguido, insultado e agredido.

Esses ataques têm de parar já!
Hoje não queremos justiça só para este caso. Queremos punição aos quatro covardes que me atacaram, e que sirva de exemplo para esses bandos homofóbicos neofascistas.”

São Paulo, 30 de março de 2011

Post author
Publication Date