Os servidores do Judiciário federal de São Paulo realizaram uma vitoriosa assembléia no dia 11 de novembro, que reuniu cerca de 200 pessoas em pleno sábado. Um dos principais pontos foi o debate sobre a filiação do Sintrajud (Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal no Estado de São Paulo) à Conlutas, proposta que foi aprovada e comemorada pela ampla maioria dos presentes.

A atual diretoria do sindicato defendeu que o Sintrajud, que já vem participando do processo de construção da Conlutas há dois anos, oficializasse a sua filiação a esta nova entidade nacional dos trabalhadores. O diretor Cláudio Klein falou que “estamos propondo a filiação não é porque a Conlutas precisa deste sindicato, mas porque nós servidores precisamos disso. Não existe hoje outra central que esteja realmente defendendo os direitos dos trabalhadores”.

O Sintrajud participou da construção da Conlutas desde o seu início, no Encontro Nacional Sindical, em Luziânia (GO), em 2004. Esteve também nas manifestações chamadas pela coordenação e, em abril da 2005, o congresso da categoria em São Paulo aprovou a ruptura com a CUT e a participação na construção da Conlutas. Em maio de 2006, o sindicato levou uma delegação ao Conat (Congresso Nacional de Trabalhadores), que fundou a Conlutas como uma nova entidade nacional.

Neste 11 de novembro, o sindicato oficializou sua filiação com a ampla maioria dos votos de uma assembléia lotada. A filiação à Conlutas foi aprovada por 104 votos a favor, 13 contrários e oito abstenções.

A assembléia também aprovou a retomada de um plano de lutas pela aprovação e implementação do Plano de Cargos e Salários da categoria, que tramita há mais de um ano no Congresso Nacional.

Também neste dia, foram eleitos os 52 delegados que devem representar o Judiciário de São Paulo no Congresso da Fenajufe (Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União). Destes, 46 delegados foram eleitos pela chapa 1, composta por diretores do sindicato e por muitos grevistas e lutadores da categoria de todos os ramos do judiciário. Tais delegados foram eleitos por uma chapa que defende que a Fenajufe e os sindicatos da categoria se desfiliem da CUT e lutam também por uma federação nacional combativa, com uma direção de oposição ao governo. Além destes, mais seis delegados foram eleitos pela chapa 2, oposição à atual diretoria do sindicato.

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