Redação

Na quarta-feira (11), o advogado da CSP-Conlutas, Waldemir Soares, foi intimidado por um grupo de não-indígenas (kopen), armados com facas e facões durante reunião de informes jurídicos sobre o processo de demarcação de terra do território dos indígenas de Tremembé do Engenho, no Maranhão.

A reunião teve prosseguimento após os indígenas expulsarem os invasores.

No estado do Maranhão, no ano de 2020, cinco indígenas foram assassinados. O governo Flávio Dino, do PCdoB, aliado do agronegócio, não joga esforços para impedir a violência contra os povos originários. Nem as recentes decisões do Supremo Tribunal Federal em favor dos indígenas são capazes de impedir a escalada de violência.

A investida sofrida pelo advogado Waldemir Soares Junior reflete o cotidiano de medo da etnia Tremembé do Engenho. A eleição de Jair Bolsonaro em 2018 e o aprofundamento do desmonte da FUNAI potencializaram os ataques contra a comunidade.

São diversos os relatos de violência levados ao conhecimento da Delegacia Agrária e a Polícia Federal sem nenhum resultado efetivo para proteção dos indígenas.

O PSTU manifesta total apoio ao advogado Waldemir Soares Junior e à etnia Tremembé do Engenho e cobra do governo Flávio Dino ações objetivas para acabar com a violência contra os indígenas, camponeses e quilombolas.