Mensagem da Vera: Um convite especial, venha para o PSTU

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Vera Lúcia, de Aracaju (SE)

Vera

Meus companheiros e minhas companheiras,

Já agradeci de coração os votos que recebi, assim como todos que foram dados ao PSTU. Valorizo muito cada um deles, principalmente neste momento de grande polarização social que estamos vivendo, porque significam uma opção socialista e revolucionária. Um voto pela rebelião.

Agora eu quero me dirigir a todos os que nos ajudaram nessa caminhada, aos que participaram dos atos e reuniões que fizemos, aos que divulgaram nossos materiais, fizeram campanha pelas redes sociais ou nos ajudaram de alguma forma.

Acho que todos nós estamos orgulhosos da campanha do PSTU, não é verdade? Denunciamos que todas as opções capitalistas arrastaram o Brasil para a miséria e o caos. Dissemos que as eleições não iam resolver os problemas da classe trabalhadora. Defendemos a necessidade de uma rebelião, uma verdadeira revolução socialista que varresse os políticos corruptos, os empresários exploradores e esse sistema podre que está aí.

Divulgamos um programa com medidas para resolver de verdade os principais problemas da classe trabalhadora: desemprego, salários de fome, falta de investimento na saúde, educação, moradia, transporte e segurança. Explicamos que seria necessário reduzir a jornada de trabalho sem reduzir salários, expropriar sem indenização as 100 maiores empresas do Brasil e suspender o pagamento da dívida pública para ter dinheiro para investir nas necessidades básicas dos trabalhadores e do povo pobre desse país.

Também participamos dos atos do #EleNão, lutando contra a ameaça autoritária e repressiva que a candidatura de Bolsonaro representa. Coerentes com essa posição, no segundo turno, chamamos o voto no 13 contra a ameaça Bolsonaro, apesar de não apoiarmos nem por um minuto o PT e declarar que seremos oposição ao governo de Haddad se for eleito.

É preciso se organizar para lutar
A participação nas eleições não é a principal ação de um partido revolucionário. Muito menos nesse momento de grande polarização na sociedade, que antecipa fortes embates na luta de classes.

O projeto de Bolsonaro, caso ganhe as eleições, é atacar violentamente os direitos dos trabalhadores e dos setores oprimidos, assim como as liberdades democráticas. Infelizmente, um grande setor da classe trabalhadora vai votar nele. Esses milhões de trabalhadores estão indignados, com razão, com a traição e a corrupção do PT. Mas também estão sendo enganados pela propaganda de Bolsonaro, que diz que vai fazer um governo forte que garanta segurança e ficha limpa para acabar com a corrupção.

Em nossa opinião, quando os ataques vierem, vai haver uma forte reação. A classe trabalhadora não está derrotada. Temos de começar a organizar essas futuras lutas desde já. Qualquer atitude passiva ou de simples lamento diante dos ataques ou retrocessos só espalham a desmoralização e o medo. É preciso reagir e LUTAR.

Para vencer, precisamos de uma direção revolucionária

Fotos Romerito Pontes

Não estamos falando de uma reação espontânea, mas de uma luta forte e organizada que tenha possibilidades reais de vencer. Isso exige uma direção. Não qualquer direção: o PT e as centrais sindicais provaram que uma direção traidora pode levar todas as lutas à derrota.

O que precisamos, portanto, é de uma direção revolucionária, dedicada à classe trabalhadora, que não se deixe corromper, que não faça alianças com a burguesia e que defenda a fundo o programa da revolução socialista. Essa direção só pode ser um partido revolucionário. É esse partido de luta, democrático e internacionalista que o PSTU luta para construir.

Precisamos de todos vocês para construir essa ferramenta para a nossa classe. Queremos convidar os jovens companheiros e companheiras que nunca participaram de um partido a entrar no PSTU e se juntar a nós nessa batalha para construir essa direção revolucionária. É hora de dar um passo à frente e tomar essa decisão.

Também queremos convidar os companheiros que tiveram anos e até décadas de experiência de militância no PSTU ou em outros partidos e que se afastaram da militância organizada por diversos motivos, mas que estiveram ao nosso lado nessa campanha. Os tempos atuais exigem um esforço especial para construir essa direção.

A todos eu quero dizer, especialmente nesse momento crítico, que a classe trabalhadora, a revolução e o partido precisam de vocês. Vocês sabem que o PSTU não oferece nem cargos nem privilégios. Só podemos oferecer uma bandeira sem as manchas da traição e a perspectiva de uma de uma luta permanente pela revolução socialista que liberte a classe operária e a humanidade da exploração e da opressão. Tenho certeza que todos nós achamos que essa luta vale a pena.