Redação
PSTU cumpriu a tarefa de apresentar um programa socialista nestas eleições
Orgulho é o que define a campanha que o PSTU realizou nessas eleições. Primeiro, levou um programa socialista, revolucionário, que não depositou confiança nenhuma nessas eleições burguesas e defendeu a independência de classe como princípio. E que apareceu como algo diferente em meio aos políticos e campanhas que priorizam eleger seus candidatos e reforçam ilusões nessa democracia dos ricos.
Depois, uma chapa que expressou de forma contundente esse programa radical. Vera, mulher, uma operária negra, nordestina, lutadora. E como vice Hertz, um ativista militante histórico do movimento negro, também nordestino. Uma chapa 100% negra é simplesmente um fato histórico, embora absolutamente invisibilizada pela mídia e pelas regras eleitorais antidemocráticas.
Após isso, uma campanha centrada nas fábricas, bairros operários, periferias, ocupações, assentamentos. Enfim, uma campanha não nas grandes aglomerações urbanas dos setores médios, mas na parte mais explorada da classe e do povo pobre. As discussões diletantes da superestrutura deram lugar a um diálogo franco com as pessoas reais. Certamente, a campanha em que o PSTU foi mais fundo nas regiões e setores mais pobres da classe trabalhadora.
O PSTU avançou justamente nesses setores. Uma escolha consciente e acertada. Nos tornamos ainda mais operário, negro, feminino, indígena e LGBT. Não colhemos muitos votos, mas plantamos muitas sementes. O partido sai maior do que entrou nesta campanha e, mais importante, qualitativamente mais enraizado na classe. A implantação concreta na classe nos torna menos empirista, menos suscetíveis aos vais-e-vens de uma superestrutura majoritariamente impressionista. Há ainda muito a se fazer, mas nessa campanha muito foi feito. É algo lento, muito mais difícil, e que requer muita paciência, mas que garante uma solidez política e programática que não teríamos de outra forma. Não há atalhos para isso.
Parabéns à Vera, essa brava lutadora que aceitou o papel de ser a cara de um programa socialista e revolucionário. Parabéns a Hertz, esse guerreiro. Parabéns a todos os que cumpriram essa árdua tarefa de serem candidatos e garantirem aos trabalhadores deste país uma alternativa socialista. Parabéns a toda a militância e ativistas que estiveram conosco. O medo não nos move, mas a confiança na força da classe operária e do povo pobre para mudar os rumos desse país.