Foto: Fóruns e Redes de Cidadania do Maranhão/Divulgação
Redação

Fóruns e Redes de Cidadania do Maranhão denuncia que, na madrugada de hoje, 8/2, por volta das 4h30 da madrugada, cinco camponeses do povoado Fomento, da cidade de Anajatuba, tiveram suas casas invadidas pela Polícia Militar do governo Carlos Brandão (PSB), por ordem do juiz Bruno Chaves, o mesmo que há alguns meses deu decisão de despejo durante a pandemia em outro povoado do município, favorecendo um grileiro de terras públicas. Dentre os presos, encontra-se um idoso de 72 anos.

A nota divulgada pelo movimento popular Fóruns e Redes de Cidadania do Maranhão afirma que, de acordo com relato dos moradores, as policias Militar e Civil agiram com extrema violência, como é de costume quando se trata de ações policias contra camponeses. Os agentes arrombaram as portas das residências, portando armas de grosso calibre com as quais efetuaram diversos disparos, deixando a comunidade em estado de pânico.

O movimento aponta que o motivo da ação desta madrugada se deu pelo conflito agrário entre camponeses e fazendeiros na disputa pela posse das terras da Baixada Maranhense. Em 2015, outros três lavradores também foram presos pelo mesmo motivo e de lá até hoje, o Governo do Maranhão ainda não retirou os grileiros da região.

A comunidade na qual aconteceram as prisões de hoje participa do movimento popular Fóruns e Redes de Cidadania do Maranhão, que nos últimos anos tem sofrido perseguição implacável do governo maranhense, utilizando-se principalmente das forças policiais.

“Esses conflitos que envolvem a Baixada Maranhense já foram denunciados inúmeras vezes aos órgãos fundiários do Estado a até agora nada fizeram para resolver essa problemática. Pelo contrário, a omissão do estado contribuiu para esses tipos de violências: ameaças, prisões e execuções”, diz a nota.

O PSTU emite toda solidariedade aos camponeses do povoado Fomento e se junta à luta do movimento popular Fóruns e Redes de Cidadania do Maranhão pela imediata soltura dos camponeses arbitrariamente presos.

Lutar não é crime!