Nesta terça-feira, 7, o Rio mais uma vez sofreu com as fortes chuvas. As regiões mais afetadas foram o centro da cidade e a Zona Norte, variando o acumulado de chuva entre 30 e 40mm/h. Em São Cristóvão o acumulado da chuva em uma hora chegou a 69,8mm. A região do Grande Méier também foi muito afetada. O Rio entrou em estado de alerta às 20 horas.
O caos novamente se instalou na cidade e em diversas regiões do estado. Centenas de ruas ficaram alagadas e foram interditadas, a circulação de ônibus, trens e VLT foi afetada e milhares de trabalhadores sofreram para chegar em suas casas. Uma criança de 2 anos infelizmente morreu em um desabamento no morro Chácara do céu. Mais de 100 sirenes tinham sido acionadas em área de risco até as 21 horas.
Descaso dos Governos
As fortes chuvas de verão são a regra e não a exceção no Rio de Janeiro, pois praticamente todo o período de setembro/outubro do ano anterior a março/abril do ano seguinte (início da primavera e final do verão) é marcado por fatos e tragédias que chocam a opinião pública, ganham apenas declarações demagógicas de governantes e trazem prejuízos e sofrimentos aos trabalhadores. O Prefeito Eduardo Paes e o Governador Claudio Castro postaram em suas redes sociais pedindo para que as pessoas ficassem em casa, mas eles são os culpados, assim como os prefeitos e governadores anteriores, pelo Rio não possuir uma infraestrutura preparada para enfrentar as chuvas, em especial nas áreas onde vive a população mais pobre.
A chuva que voltou a atingir o Rio mostra claramente que os governos realmente não querem evitar as tragédias que se repetem ano após ano. Para isso, seria preciso resolver de forma efetiva os gravíssimos problemas de infraestrutura que afligem a população mais pobre. Não bastam as sirenes nas comunidades, é preciso construir casas dignas para uma população carente. Mas para isso é preciso aumentar significativamente os orçamentos para implementar planos de urbanização das favelas. Isso significa melhorar as condições de vida dos trabalhadores, combater a especulação imobiliária e construir moradias de qualidade a preços acessíveis. Defendemos de maneira emergencial que os governos ofereçam um aluguel social aos atingidos pela chuva, e diante da informação que as chuvas fortes seguirão no dia de hoje deve se suspender as atividades que não são essenciais.
A culpa é do capitalismo!
Nós, do PSTU, somos solidários aos atingidos pelas chuvas. Não achamos que esse descaso dos governantes seja um mero problema de gestão. É essencialmente uma questão política. Os problemas não são resolvidos porque a prioridade dos governos é garantir o lucro dos grandes empresários, manter o sistema capitalista. Defendemos que os trabalhadores e o povo pobre devem se organizar e lutar para garantir as medidas necessárias para resolver seus problemas, por isso lutamos para derrubar o capitalismo.