Vera Lúcia, de Aracaju (SE)

Descumprindo totalmente uma determinação direta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizou uma série de ações neste domingo, barrando ônibus em estradas federais, principalmente no Nordeste. Inúmeros vídeos mostram policiais travando a passagem de ônibus nas estradas.

Trata-se de uma evidente ação coordenada pelo governo Bolsonaro e a direção das forças de segurança para sabotar a votação do 2º turno e impedir uma derrota nas urnas. E nem fazem questão de esconder isso, o diretor-geral da PRF, Silviney Vasquez, fez propaganda de Bolsonaro em suas redes sociais um dia antes de mandar a corporação para as estradas impedir a passagem dos eleitores.

Segundo levantamento da Folha de S. Paulo, são 514 ações de “fiscalização” contra ônibus, um número 70% maior que no 1º turno. As ações estão sendo realizadas prioritariamente em veículos de passageiros, deixando explícita a real intenção deste boicote.

Além da ação da PRF, há blitz da Polícia Militar em áreas como a capital do Rio de Janeiro, ações coordenadas em São Gonçalo (RJ) e uma série de denúncias nos estados envolvendo a PM e a falta de ônibus para a população.

O diretor da PRF deveria ser preso por insurgir contra as eleições, impedindo o direito democrático da população para beneficiar seu chefe, assim como qualquer agente de segurança bolsonarista que faça isso. E o direito do voto deve ser garantido a todos, estendendo o horário da votação se preciso for.