Deyvis Barros, do Ceará (CE)

A campanha eleitoral está em sua reta final. Bolsonaro baixou o tom de suas ameaças golpistas para tentar crescer eleitoralmente, mas não deixou de representar um projeto de ditador, principal responsável por quase 700 mil mortos de Covid-19, pelo genocídio indígena, pelo aumento da opressão contra mulheres, negros e LGBTIs, do desmatamento, do desemprego e por milhões que passam fome.

A candidatura de Lula tenta se apresentar como alternativa ao desastre que é esse governo, mas não poderá resolver nem os problemas mais básicos que sofremos, porque defende um programa que tem por objetivo ampliar os lucros dos bancos e das grandes empresas e está diretamente ligada a eles. A aliança com o Alckmin e o recente apoio do banqueiro Henrique Meirelles a Lula são reflexos dessa escolha.

Essa alternativa pode até derrotar Bolsonaro nessas eleições. E nós queremos que ele seja derrotado. Mas, não resolve nossos problemas, porque mantêm o mesmo modelo de governar junto com a burguesia que deu base para o surgimento do bolsonarismo e da ultradireita no país.

Aliança com a burguesia fortalece a ultradireita

Um governo junto com os bancos e o agronegócio terá que atacar os trabalhadores e trabalhadoras, o povo pobre, os indígenas e os quilombolas. Isso não só mantém, como também fortalece, a ultradireita, assim como tem acontecido nos Estados Unidos, com o crescimento de Trump; ou com a ultradireita chilena, diante do governo de Gabriel Boric.

O PSTU apresenta, nas eleições e para além delas, um programa de ruptura com essa lógica. Defendemos que para resolver os problemas mais básicos dos trabalhadores e do povo pobre é preciso tirar de quem está lucrando com a nossa miséria: os bilionários, banqueiros, latifundiários e grandes empresários.

Só a aplicação de um programa socialista e revolucionário, sem braços dados com os exploradores, mas construído com os trabalhadores, os setores oprimidos e jovens, organizados para se autodefender, é que poderia resolver os problemas da nossa classe e criar as bases para derrotar definitivamente a ultradireita e o capitalismo.

Tome partido

Para construir a revolução e o socialismo é preciso um partido

A burguesia possui instrumentos para impedir que os trabalhadores tomem o poder, governem e ataquem as propriedades que acumularam com a nossa exploração.

Em uma greve ou em uma ocupação de terra, a justiça, a imprensa e, muitas vezes, a polícia são usadas para nos reprimir e desarticular nossos movimentos. Nas eleições, a lei é usada para impedir que os revolucionários apresentem suas ideias e os grandes veículos de comunicação se apoiam na lei para vetar a participação das candidaturas do PSTU em debates e entrevistas.

Essas eleições acabam em poucos dias e estamos empenhados, apesar do bloqueio da grande imprensa, em apresentar uma saída socialista e revolucionária para o país.

Assim como milhões de trabalhadores e jovens, estamos lutando pela derrota eleitoral de Bolsonaro, já que o papel das grandes direções do movimento impediu sua derrota nas ruas.

Mas, após as eleições, ganhe quem ganhar, os ataques contra a nossa classe irão continuar. Isso é assim porque Bolsonaro, mas também Lula e seus aliados, escolheram governar com a burguesia e para ela. Como explicamos nas páginas do “Opinião”, não existe solução possível para os nossos problemas sem expropriar os bilionários.

Os trabalhadores e trabalhadoras têm poucas armas para enfrentar todo esse poder da burguesia. As suas armas mais poderosas são a sua união e a sua organização. Isso só se consegue com a construção de um partido revolucionário.

Venha conhecer o PSTU

Milhares de trabalhadores, jovens, mulheres, negros, LGBTIs e indígenas nos acompanharam nessas eleições, defendendo uma alternativa de independência de classe e socialista, juntamente conosco. Se esse é o seu caso, lhe fazemos um chamado: venha conhecer o PSTU.

Somos um partido revolucionário, que participa das eleições defendendo suas propostas, mas não para nas eleições.

Continuamos nos organizando após o período eleitoral, justamente porque teremos que seguir enfrentando os ataques que virão e porque as eleições não vão mudar a nossa vida. Acreditamos que, para uma mudança real, é preciso uma revolução que exproprie a burguesia e coloque o poder nas mãos da classe trabalhadora.

Se você se interessou por nossa campanha e pelas propostas que apresentamos, fale com a pessoa que lhe passou esse jornal ou se cadastre em nosso site para receber nossos informativos online e para conhecer melhor o nosso partido.

O futuro socialista da humanidade depende da construção de um forte partido revolucionário, com milhares de jovens e trabalhadores organizados, lutando em seus locais de estudo, de trabalho e moradia, em defesa dos nossos direitos, e explicando a necessidade de superação desse sistema de fome e miséria, de exploração e opressão. Nos ajude a construir essa organização: venha para o PSTU.