Redação

Entre 24 e 30 de julho, aconteceu o 9° Congresso do PSTU em Jacareí (SP). Foram dias de intensos trabalhos, em que as discussão e votações se combinaram com trabalhos em comissões. Além das votações dos documentos apresentados, foi dedicado um tempo à votação de resoluções, parte delas construídas pelos delegados e delegadas durante o próprio congresso.

Houve a participação de uma expressiva delegação internacional de partidos da Liga Internacional dos Trabalhadores – Quarta Internacional (LIT-QI), da Argentina, Honduras, Itália, Costa Rica, Colômbia. Os trabalhos começaram pelo debate sobre situação internacional, com ênfase na situação latino-americana e na crise venezuelana.

O debate sobre situação nacional foi marcado pela compreensão da natureza da crise que vive o Brasil, o balanço das recentes mobilizações dos trabalhadores contra Temer e as perspectivas de continuidade da luta contra as reformas. Foi um ponto vivo, marcado pela experiência concreta dos delegados na organização da greve geral e na construção dos comitês em bairros, locais de trabalho e escolas, na luta para ter os operários e o povo no poder. Refletiu-se, ainda, na discussão sobre como o aprofundamento da crise capitalista atinge os setores oprimidos, o povo negro, as LGBTs e as mulheres.

Um dos pontos mais importantes foi a abertura do debate sobre atualização do programa do partido. As profundas transformações na realidade mundial e brasileira desde que votamos o programa do partido na sua fundação (1994) nos coloca esse importante desafio. Foi apreciado um primeiro texto, que foi votado como base para seguir a discussão. O texto será publicado na revista Marxismo Vivo junto com outras contribuições sobre o tema.

O congresso expressou um partido vivo, fortalecido politicamente, tanto pela sua intervenção na luta dos trabalhadores quanto pelo balanço da luta na construção de uma alternativa independente que não capitule a nenhum dos setores burgueses que tentam reeditar os governos de conciliação de classes do PT.

Depois de vários meses de discussão em núcleos e plenárias, o congresso é a expressão máxima de nossa democracia, votando as diretrizes que centralizarão nossa intervenção no próximo ano, elegendo uma direção para colocá-las em prática. Saímos mais fortes e convictos da necessidade da construção de uma ferramenta de luta contra a barbárie capitalista e pela revolução socialista brasileira e mundial.

Venha para o PSTU!

Publicado no Opinião Socialista nº 540