Secretaria Nacional de Negras e Negros do PSTU

Em dia 26 de novembro, foi realizada a última Marcha da Periferia deste ano em Belém (PA). Com isso, encerra-se um vitorioso calendário de marchas nas periferias das principais cidades das quatro regiões do país. Ao todo, foram 22 marchas realizadas de norte a sul do Brasil, contando, ainda, com uma inédita internacionalização, ampliando-a a países como Angola, Haiti, Namíbia e Portugal. Como parte importante do Novembro Negro, a Marcha da Periferia deu continuidade ao Dia Nacional de Paralisações do dia 10 de novembro e engrossou o caldo da revolta que desaguou na greve geral e nos protestos do dia 5 de dezembro e na luta contra as reforma da Previdência.

O tema da Marcha da Periferia deste ano não poderia ser mais oportuno: “Abaixo o genocídio negro, o governo Temer e suas reformas!”. Assim, a juventude e a classe trabalhadora negra e oprimida marcharam pelas quebradas e pelas cidades brasileiras denunciando o genocídio produzido pelo Estado burguês e as reformas racistas de Temer e do Congresso corrupto.

Confira como foram algumas das marchas.

São Luís (MA)
A marcha reuniu populações indígenas, representantes do Movimento Quilombola do Maranhão (Moquibom), que lutam pelo território, ativistas do Quilombo Urbano, do PSTU, da CSP-Conlutas, entre outras organizações. A marcha aconteceu no dia 17, concentrada na Praça Deodoro, seguindo, depois, em passeata pelo centro de São Luís. No dia 25, ocorreu a roda de conversa “Feminicídio Negro e Formas de Resistência”. Confira o vídeo da marcha:

Pará
A Marcha da Periferia aconteceu no distrito do Outeiro, no dia 25, com moradores do Assentamento Carlos Lamarca. No bairro Terra Firme, em Belém, foi no dia 26.

São Paulo
Em São Paulo, a Marcha da Periferia aconteceu em nove localidades. Na Zona Sul da capital, a periferia marchou no dia 25 reunindo cerca de 250 pessoas. Na Cidade Tiradentes, Zona Leste, também teve marcha.

Rio Preto (SP)
Os moradores da Vila Itália foram os protagonistas da marcha que percorreu algumas das principais avenidas da cidade. A marcha também contou com o apoio da CSP-Conlutas, do PSTU e com a ilustre participação do Maracatu Pedra de Raio, que organizou um cortejo pelas ruas da comunidade com loas que rememoravam a luta de homens e mulheres escravizados e a importância das religiões de matriz africana na formação da identidade brasileira.

Santa Catarina
Em Florianópolis, aconteceu a primeira edição da Marcha da Periferia, organizada por conselhos populares nos bairros das periferias e nas batalhas de hip hop. No dia 20 de novembro, cerca de 300 pessoas saíram às ruas no centro da capital catarinense.