Redação

O preço da energia elétrica já subiu quase três vezes mais que a inflação ao longo dos primeiros oito meses de 2021, impactando no aumento dos preços de diversos produtos e serviços.

Enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou alta de 5,81%, a luz chegou a 16,07%, quase o triplo do índice geral. Já em 12 meses, a energia elétrica acumulou alta de 20,86%, mais que o dobro da inflação acumulada no período, que foi de 9,3%.

Essa sequência de aumentos, imposto pelo governo Bolsonaro, faz com que a energia consuma uma fatia cada vez maior dos orçamentos domésticos, pressiona outros preços e aperta as contas das famílias.

A situação vai piorar, pois a política de Bolsonaro e o seu ministro da Economia, Paulo Guedes, é seguir aumentando a tarifa. Esta semana, o governo sinalizou que as contas de luz devem ficar ainda caras até o final do ano. Hoje, estamos pagando a bandeira 2 vermelha — a mais cara na conta de luz —, que deverá dobrar de valor em setembro para cobrir a alta dos custos de geração de energia. Se a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) adotar medida nesse sentido, a conta de luz passará por um reajuste médio de 15,2%.

Mas para Paulo Guedes isso é normal. O ministro ultraliberal de Bolsonaro questionou esta semana qual seria o problema de a “energia ficar um pouco mais cara porque choveu menos”. Ele afirmou ainda que “não adianta ficar chorando”, pois a população terá que arcar com o aumento do custo da produção de energia diante da seca que atinge o país.

Bolsonaro seguiu a mesma cartilha e disse que a população precisa “apagar um ponto de luz em casa”.

Reestatizar o setor elétrico

Em meio à crise hídrica e energética que a atravessa o país, a política de Bolsonaro e dos deputados corruptos do Centrão foi privatizar a Eletrobras, a maior empresa de energia elétrica da América Latina. A desculpa do governo era de que a privatização iria reduzir a conta de luz em até 7,36%. Tudo mentira. Os preços não param de subir.

Bolsonaro e sua equipe econômica estão entregando nossas estatais ao capital estrangeiro, enquanto padecemos com a piora dos e o aumento dos serviços ofertados à população. Agora, mira deste governo reacionário e entreguista são os Correios. Precisamos barrar a entrega de nossas estatais.

Para garantir serviço de qualidade e preços que não onerem o orçamento das famílias pobres e trabalhadoras é necessário reestatizar o setor energético, hoje controlado pelo capita privado, um punhado de sanguessugas que estão preocupados apenas com o lucro.

Para impedir a o apagão que está à vista, como apontam especialistas, é preciso investir na ampliação e melhoria estruturais do setor, que passou por um forte processo de sucateamento, por todos os governos anteriores, incluindo os governos do PT, para justificar a privatização.

Junto a isso, temos que derrubar o governo Bolsonaro e toda a corja que o acompanha. Esse governo genocida que nos mata todos os dias pelo descontrole da pandemia da covid-19, de desemprego e de fome. Agora, quer nos deixar nos escuro.

No dia 7 de setembro, ocupar as ruas e ecoar bem forte por todo o Brasil o grito pelo “Fora Bolsonaro e Mourão, já”. Temos que apagar esse governo, antes que ele nos apague.

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Retomar as ruas no 7 de setembro! Fora Bolsonaro! Ditadura nunca mais!