No domingo, 26 de janeiro, cerca de duas mil pessoas participaram de um ato em apoio à luta do povo venezuelano, que vem sofrendo um forte ataque de setores golpistas da burguesia daquele país.
O ato, organizado pelo Movimento de Esquerda Socialista (MES-PT), contou com a presença do presidente Hugo Chávez, que fez uma palestra na Assembléia Legislativa de Porto Alegre, onde falou sobre a crise pela qual vem passando o país. Chávez resgatou a história de lutas do povo Venezuelano e denunciou as sucessivas tentativas de golpes desfechadas por um setor da burguesia local, apoiada pelo governo americano.
Hugo Chávez disse que a ofensiva americana sobre a Venezuela e deve à resistência do povo daquele país à implantação da política neoliberal. Entretanto, ele frisou que seu governo não pretende recuar desta política. Se não acabarmos com o neoliberalismo, o neoliberalismo acabará conosco (referindo-se aos países da América Latina).
Diante dos ataques que vêm sofrendo da mídia pró golpista em seu país, o presidente reforçou em sua palestra a possibilidade de fechar canais de TV que apoiaram as iniciativas da extrema direita.
Chávez encerrou sua palestra afirmando que nesta luta não há dual alternativas – perder ou vencer mas só uma: É necessário vencer, disse ele, reforçando que esta é uma luta de toda a América Latina.
Antes da palestra, Hugo Chávez apareceu para os manifestantes junto com o governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto. A multidão, ao ver Rigotto ao lado de Chávez, soltou uma sonora vaia.
O PSTU e a LIT-QI publicaram uma nota, distribuída no ato, em apoio à luta do povo venezuelano e afirmando que a primeira tarefa desta luta no país é derrotar a direita golpista e construir uma alternativa de poder operário e popular.
Na crise pela qual vem passando a Venezuela, o PSTU e a LIT-QI propõem também a prisão imediata dos golpistas e a demissão da diretoria da PDVSA (empresa petrolífera, dirigida por setores golpistas). O PSTU e a LIT-QI defendem ainda a expropriação e estatização sob controle dos trabalhadores das empresas da burguesia golpista e dos grandes meios de comunicação; um plano econômico de emergência que garanta a suspensão do pagamento da dívida externa e o rompimento com as negociações com o imperialismo; o controle operário da produção, das comunicações, transportes e distribuição de alimentos e gêneros de primeira necessidade.