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Lucas Simabukulo

Com forte influência chinesa, ocorre a partir do dia 7 de julho pelo calendário japonês o Tanabata Matsuri (“Festival das Estrelas”), que tem sido o maior evento cultural da região desde meados do século XVII, durante a Era Edo.

Segundo a tradição, a princesa tecelã Orihime (representada pela estrela Vega) e o pastor Hikoboshi (representado pela estrela Altair), se apaixonaram ao se encontrarem e deixaram seus trabalhos de lado. O senhor celestial Tenkou, pai de Orihime, teria ficado furioso, e separou os dois, cada um de um lado do universo.

Diante dos apelos da filha, no entanto, concedeu que uma vez por ano, os dois amantes se encontrassem. No sétimo dia, do sétimo mês do calendário lunar japonês, seria possível ver as estrelas Vega e Altair juntas no céu.

Por isso, até hoje no Tanabata Matsuri as pessoas fazem pedidos em papeis coloridos, nas ruas. No Brasil, desde a Segunda Guerra Mundial, a comunidade japonesa foi proibida pelo Estado de cultuar suas festividades e língua. O Festival das Estrelas foi retomado apenas em 1979 em São Paulo, no bairro da Liberdade.

No Japão feudal, eram muito fortes os valores da religião xintoísta. Nessa perspectiva, as desigualdades sociais, representadas nas castas sociais, eram vistas como algo natural, e portanto, inquestionáveis. Ao longo da história da humanidade, foram muito comuns as lendas de amantes que desafiavam a ordem social, para viver as suas afetividades.

Em meio à atual crise do capitalismo, e diante do governo genocida de Bolsonaro, que a riqueza das culturas tradicionais nos inspire a novos projetos de sociedade. Quando a classe trabalhadora governar o mundo, as estrelas serão o limite!