Foto: Defesa Civil de Alagoas/Divulgação
Redação

Mais da metade dos municípios de Alagoas estão em estado de emergência por causa das enchentes. Segundo a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil de Alagoas, 68.818 pessoas estão desalojadas. E esse número segue aumentando (entre ontem e hoje aumentou em mais de 1300 pessoas).

Esse ano vários estados brasileiros já foram atingidos por fortes chuvas que causaram destruição e morte. O capitalismo em sua busca por lucro destrói o planeta e traz consequências devastadoras em várias partes do mundo.

Mas as chuvas não atingem de maneira igual todas as pessoas. Em todos os casos em que houve enchentes os pobres são a ampla maioria dos atingidos. Bairros sem estrutura de escoamento de águas, deficiências no sistema de coleta de lixo e casas em áreas de risco aumentam as consequências das chuvas e causam toda essa destruição.

Mais de 80% da população alagoana vive hoje sem cobertura de saneamento básico. É óbvio que isso tem consequência na vida das pessoas e, em situações como as que passam agora, de chuva intensa, a ausência de uma estrutura de saneamento, agrava o tamanho do desastre.

O governador eleito do Estado, Renan Filho (MDB), filho do senador Renan Calheiros (também MDB), renunciou ao cargo para concorrer a uma vaga no Senado. O governador tampão Paulo Dantas (mais uma vez do MDB) percorre abrigos dos desalojados e diz que a estrutura do governo está à disposição dos atingidos pelas chuvas. Mas a verdade é que Alagoas vem sendo governado por latifundiários e seus aliados a serviço dos seus interesses mesquinhos, enquanto o estado arrasta por anos o posto de pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) entre os estados brasileiros.

Todos eles são responsáveis. Tanto Renan, Renan Filho e Paulo Dantas, todos apoiados por Lula. Quanto Bolsonaro e seu apadrinhado Fernando Collor (PTB) são responsáveis pela perpetuação da situação de miséria, que se agrava agora como resultado das enchentes.

É preciso que se tomem medidas imediatas para acolher as vítimas das enchentes. Garantia de aluguel social e construção de casas para os que ficaram desabrigados. Construção de uma estrutura de escoamento e saneamento básico nas cidades, para evitar novas tragédias como essas. Isenção de impostos e taxas de agua e energia e um auxilio emergencial de um salário mínimo para que a população possa se reestabelecer.