Toda a nossa solidariedade e apoio às famílias! Não podemos aceitar nenhuma repressão!

 

Na noite dessa sexta-feira, 2, famílias sem teto voltaram a ocupar o terreno onde, até 2012, viviam na área que tinham transformado num bairro exemplo. São ex-moradores da antiga Ocupação do Pinheirinho que não receberam casas após a desocupação e, desde, a partir deste mês, ficarão sem o aluguel social. Já há barracos de lona no local. A PM acompanha do lado de fora.

Em 2012, o terreno foi desocupado numa ação violentíssima do governo do Estado, de Geraldo Alckmin, junto com a prefeitura, de Eduardo Cury, ambos do PSDB. Na época, mais de 2.000 policiais militares, com um aparato que parecia de guerra, não só tiraram as famílias, como destruíram suas casas e seus pertences passando com tratores por cima.

Desde então, o terreno só tem servido para especulação imobiliária. “Desde a desocupação, daquela violenta desocupação, ele [o terreno] não cumpre nenhuma função social. Ele ficou aqui, apenas no meio do mato, e muita gente pagando aluguel numa situação de 14 milhões de desempregados no país”, diz Toninho Ferreira, advogado dos moradores e presidente do PSTU de São José dos Campos.

Enquanto houver famílias sem um teto, ocupar e resistir é um direito. “Enquanto os políticos lá em cima e o grande empresariado fazem toda essa roubalheira que fazem no país, as pessoas não têm condições de viver. Não tem dinheiro para comer, não têm dinheiro para pagar aluguel, não têm dinheiro para se vestir”, completa Toninho.

Neste momento, é fundamental a solidariedade às famílias. Todo apoio é muito importante. Desde levar comida, lonas pretas para construir barracos e proteger as pessoas até a presença junto aos moradores, será fundamental.

O PSTU sempre esteve ao lado dos moradores e vai continuar assim. Defendemos o direto das famílias de ocuparem o local e de não ceder e se defender em caso de mais nova repressão.

 

Conheça a história: assista ao documentário “Somos todos Pinheirinho”, realizado em 2012.