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PSTU-SC

PSTU Criciúma (SC)

O Morro do Céu, localizado no município de Criciúma, é uma área de extrema importância para a preservação da Mata Atlântica. No entanto, após a extinção da Fundação do Meio Ambiente, na gestão do governo Clésio Salvaro (PSD), esse precioso bioma está sendo ameaçado pelo desmatamento.

O prefeito enviou um projeto que pede a revogação da Lei Municipal 5.207/2008, que transformava o espaço em área de preservação ambiental, a fim de devolver a área do Morro do Céu aos “antigos” proprietários. Desse modo, isso causou uma preocupação quanto a exploração imobiliária, inclusive por uma construtora da região que já realiza operações com o intuito de construir um grande empreendimento.

Essa ação da prefeitura demonstra a falta de compromisso com a preservação ambiental e a importância do Morro do Céu como um ecossistema único. É crucial ressaltar a gravidade dessa situação e destacar a importância da preservação da Mata Atlântica, que representa apenas 2% da vegetação existente em Criciúma. Ela é um dos biomas mais diverso e rico do mundo, caracterizado por sua exuberante vegetação, composta por árvores de diferentes portes, bromélias, orquídeas e uma grande variedade de espécies animais.

Esse bioma desempenha um papel vital para a saúde do planeta, pois é responsável pela manutenção do ciclo da água, proteção dos solos, regulação do clima e abrigo de uma quantidade significativa de espécies endêmicas. Além disso, a Mata Atlântica atua como um verdadeiro “pulmão verde”, fornecendo oxigênio e purificando o ar, contribuindo para a qualidade de vida das pessoas. Também possui uma relação intrínseca com os recursos hídricos, fornecendo água para abastecimento de rios, nascentes e aquíferos, essenciais para a manutenção da vida.

A extinção da Fundação do Meio Ambiente em Criciúma, justificada com o suposto objetivo de “economizar” cerca de R$ 150 milhões, é um retrocesso alarmante. Essa medida enfraquece a capacidade de proteção e fiscalização dessas áreas naturais, colocando em risco a preservação do Morro do Céu e outros patrimônios ambientais da região.

A revogação, no ano de 2021, na Câmara de Vereadores, da lei municipal de proteção do Morro do Céu é um fato extremamente alarmante. Essa decisão enfraquece ainda mais os mecanismos de proteção e colocam em risco a sobrevivência desse valioso patrimônio natural.

Capitalismo selvagem

É importante ressaltar que a política de desmatamento e destruição da mata atlântica é impulsionada por uma mentalidade capitalista, na qual o lucro e o desenvolvimento econômico são priorizados em detrimento da preservação ambiental. Nesse contexto, é válido mencionar que muitos defensores da preservação ambiental buscam um novo modelo de sociedade que vá além desse paradigma capitalista, e o socialismo é frequentemente citado como uma alternativa que valoriza não apenas o crescimento econômico, mas também a proteção dos ecossistemas e a justiça social.

Ao defender um novo modelo de sociedade, baseado em princípios socialistas, busca-se uma abordagem que priorize a equidade, a solidariedade e a sustentabilidade ambiental. Isso implica em repensar as relações de produção e consumo, promovendo uma distribuição mais justa da riqueza e respeitando os limites do planeta. O cuidado com os biomas, como a mata atlântica, seria uma das prioridades desse modelo, reconhecendo sua importância para a qualidade de vida e para a sobrevivência das futuras gerações.

Nesse sentido, é fundamental destacar que a defesa da preservação ambiental não se trata apenas de uma questão técnica ou científica, mas também de uma escolha política e ideológica. É necessário repensar a forma como nos relacionamos com a natureza e com os recursos naturais, superando a lógica do lucro individual em prol do bem-estar coletivo e da sustentabilidade do planeta.

É preciso desenvolver estratégias e políticas que priorizem a proteção dos biomas, como a Mata Atlântica, por meio de medidas como a criação de áreas protegidas, o incentivo ao reflorestamento e à recuperação de áreas degradadas, a promoção da conscientização ambiental e a implementação de práticas sustentáveis de produção e consumo.

A defesa de um novo modelo de sociedade, baseado em valores socialistas, que cuide dos biomas e da preservação ambiental, é um chamado à reflexão sobre a necessidade de repensar nosso sistema atual e buscar alternativas que garantam a sustentabilidade do planeta e a justiça social. A preservação da Mata Atlântica e de outros ecossistemas deve estar no centro dessas discussões, visando um futuro mais equilibrado e harmonioso para todos.

Medidas efetivas

No caso específico do Morro do Céu, a revogação da lei municipal de proteção é um grave retrocesso. É imprescindível que a população se una em prol da sua preservação, exigindo ações concretas das autoridades competentes para reverter essa situação. É necessário fortalecer a mobilização social, promover debates e conscientizar a sociedade sobre a importância da proteção ambiental.

Somente por meio de uma mudança de perspectiva e da adoção de medidas efetivas poderemos garantir a sobrevivência do Morro do Céu, da Mata Atlântica e de outros biomas ameaçados. É nosso dever proteger esses tesouros naturais para as gerações futuras, assegurando um equilíbrio entre desenvolvimento socioeconômico e preservação ambiental. Juntos, podemos fazer a diferença na luta pela preservação do Morro do Céu e de todos os biomas que compõem a rica diversidade de nosso planeta.

O caso Morro do Céu faz parte de uma política de ataques ao meio ambiente. No Brasil mesmo com o governo Lula (PT) a “boiada” está passando com o arcabouço fiscal e o Marco Temporal. Defender o Morro do céu, é defender a classe trabalhadora e povo pobre que mais sofre com as consequências da devastação ambiental.

As mudanças climáticas provocadas pelo alto volume de CO² e metano lançados na atmosfera pela indústria, o agronegócio que devasta as florestas nativas, a queima de combustíveis fosseis com o aumento de veículos nas ruas, pela especulação imobiliária que avança em áreas de preservação são fatores que provocam os chamados “eventos extremos”, tais como enchentes, deslizamentos e queimadas.

Defendemos uma alternativa revolucionária e socialista que aponte a necessidade da classe trabalhadora. O governo socialista dos trabalhadores, uma sociedade sem exploração ambiental que promova a preservação, uma sociedade justa e igualitária, uma sociedade socialista.

  • Pela manutenção do Morro do Céu em Criciúma como área protegida;
  • Fora especulação imobiliária do Morro do Céu;
  • Contra o Marco Temporal que promoverá o genocídio dos povos originários e numa catástrofe ambiental ainda maior;
  • Não ao arcabouço fiscal de Lula que só favorece os banqueiros e especuladores.