PSTU-RS

Rejane de Oliveira, pré-candidata ao governo do RS pelo PSTU e o Polo Socialista Revolucionário

Eduardo Leite (PSDB) anunciou sua candidatura ao governo do Rio Grande do Sul. Em mais uma reviravolta que deixa sua palavra com mais descrédito perante os (as) gaúchos (as), pois já se declarou contra a reeleição, abandonou o mandato para concorrer a presidente e agora quer seguir no estado a sua obra de desmonte dos serviços públicos e estatais, a serviço dos grandes capitalistas.

Leite, que surfou na onda Bolsonaro em busca de poder, agora tenta se desvencilhar dele. Mas o que o une a Bolsonaro não são as candidaturas e apoios, mas uma trajetória de ataques aos trabalhadores e ao povo pobre, dadas as renúncias fiscais e isenções às grandes empresas, e o acordo de recuperação fiscal com o Governo Federal, que só beneficia os bancos, os verdadeiros destinatários desses recursos perdidos pelo Estado.

Essa política, que ainda tem como contrapartida as privatizações (Leite mira agora a Corsan e o Banrisul) leva à perda da autonomia do estado, permitindo que o Governo Federal intervenha nas finanças estaduais para garantir o cumprimento das medidas acordadas.

Tudo isso tem consequências diretas na vida do trabalhador (a) gaúcho (a) e da população mais vulnerável, que já sofre com o aumento da fome no governo Bolsonaro. Não haverá recursos para a saúde, para a educação, para a habitação, saneamento, recuperação salarial dos servidores públicos.

Eduardo Leite viu a violência aumentar no Rio Grande do Sul, sem assumir as demandas dos setores oprimidos que são vítimas da discriminação. Não apresentou nenhuma política contra o racismo, prova disso foi o assassinato do Beto no Carrefour, em que o governo Leite se limitou a lamentar. O feminicídio e a LGBTfobia crescem no RS sem nenhuma política eficiente e preventiva para barrar toda essa violência.

Não estamos surpresos com o anúncio da busca da reeleição pelo governador Eduardo Leite, mesmo ele tendo afirmado por várias vezes que não iria à reeleição. A trajetória de Leite sempre foi de inverdades: mentiu que teria medidas de prevenção contra o Covid e jogou a população à própria sorte, mentiu que pagou o Piso Nacional para professores e não pagou, mentiu que não iria à reeleição e agora é pré-candidato.

Necessário dizer que, com toda essa postura desrespeitosa com o povo gaúcho, com sua atuação em prol das grandes empresas e em prejuízo de quem tudo produz e mais carências tem, Leite é mais um candidato a serviço do capital disputando o governo do RS.

A pré-candidatura do PSTU e do Polo Socialista Revolucionário, para a qual meu nome foi proposto, quer inverter esse quadro, fazendo os ricos pagarem pela crise. Propõe que os trabalhadores governem através dos Conselhos Populares. Queremos abrir essa discussão com a classe trabalhadora. Que todas as lutas de resistência à retirada dos direitos só poderão ser efetivamente vitoriosas se lutarmos para derrotar o sistema capitalista, o sistema de exploração, rumo à construção do socialismo.  Por uma sociedade baseada no trabalho coletivo, sem exploração por uma minoria de bilionários.