Bandeira do PSTU na greve geral contra Temer (MDB) em Brasília, em 24.05.2017
Redação

“Agora vai! Dá-lhe peão! Tem um partido pra fazer revolução!”. Esse foi o grito que ecoou no plenário do Congresso de Fundação do PSTU, no dia 5 de junho de 1994, em São Paulo. Após três dias, os 195 delegados e 73 convidados aprovaram o programa e os estatutos do novo partido, que resumiam a necessidade da revolução socialista.

A fundação expressou a reorganização que surgiu da decepção com o PT. Por um chamado da Convergência Socialista, uma frente revolucionária foi formada reunindo organizações políticas e militantes de todo o país. Após dois anos de debates, nasceu o PSTU.

A história do PSTU vem de longe! É marcada pela luta contra a ditadura militar, a ultradireita e as correntes reformistas que se adaptaram à democracia burguesa, abandonaram a ação direta e passaram a ser gerentes do Estado burguês. São 29 anos de luta em defesa do marxismo, dos ensinamentos de Lênin, Trotsky e do legado da Revolução Russa de 1917, contra a burocracia stalinista, que levou a restauração do capitalismo na antiga União Soviética e demais países nos quais a burguesia tinha sido expropriada. Somos parte da luta pela construção de uma organização internacional, a Liga Internacional dos Trabalhadores – Quarta Internacional (LIT-QI), um legado de Nahuel Moreno.

O PSTU é diferente dos demais partidos. Somos uma organização revolucionária e socialista, que acredita na organização e no protagonismo da classe operária, como sujeito da transformação social. Que se organiza seguindo o modelo do Partido Bolchevique, com centralismo na ação e com ampla liberdade de discussão e debates internos, na garantia da democracia operária.

No Brasil, os partidos são associados aos políticos que só querem se arrumar, ganhar eleições para enriquecer pelo aproveitamento dos cofres públicos. O PSTU é não é assim.

Faça parte do PSTU

Venha construir o partido revolucionário e socialista!

Em primeiro lugar porque o PSTU não é simplesmente um partido eleitoral. É um partido para as lutas dos trabalhadores e estudantes, e do programa da revolução socialista, que parte das necessidades mais sentidas pelos trabalhadores e o povo pobre, conectado com a necessidade estratégica da derrota e destruição do capitalismo, em defesa de uma outra sociedade sem explorado e exploradores, oprimidos e opressores: uma sociedade socialista!

A história do PSTU só pode ser entendida como parte de outra maior: a do movimento operário brasileiro. Vamos ver que também somos parte da tradição das greves do ABC paulista do final da década de 1970, da formação da CUT e do PT nos anos 1980. Mas que, para manter vivo o programa socialista, rompemos com a CUT para formar a CSP-Conlutas. E rompemos com o PT para formar o PSTU.

Os militantes do PSTU se orgulham ao levantar suas bandeiras vermelhas, que não têm as manchas da corrupção, da administração do capitalismo, e da burocratização símbolo do stalinismo.

O PSTU é diferente também porque seus militantes não se “arrumam” com sua atividade. Ao contrário, sacrificam seu tempo e esforços para levantar a bandeira do socialismo revolucionário. E não têm nenhuma vantagem material como resultado. Ficam alegres ao ver que conseguiram dar a esse programa uma base real no movimento operário e na juventude.

O partido também não recebe dinheiro da burguesia e nem desvia verbas públicas. Mantemos o partido com as contribuições de nossos militantes e as campanhas financeiras que fazemos. E nos orgulhamos disso, porque não só não temos o telhado de vidro dos que se corrompem, como tampouco o rabo preso dos que recebem dinheiro das empresas.

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Para que você possa conhecer melhor o PSTU, buscamos traduzir aqui nossa visão da estratégia socialista. O socialismo revolucionário que defendemos se opõe às concepções stalinistas que combatemos desde nosso nascimento.

Defendemos o legado teórico de León Trotsky e sua concepção da revolução permanente, o que nos leva a uma estratégia de socialismo revolucionário oposta à estratégia reformista de partidos eleitorais como o PSOL.

Buscamos aplicar, na realidade, a concepção leninista de partido. Isso significa também um tipo de partido distinto do centralismo burocrático do stalinismo (PCdoB, PCB e UP) e da versão socialdemocrata de partido, comum ao PT e ao PSOL. Esses últimos partidos são dirigidos de forma antidemocrática pelos parlamentares por serem partidos eleitorais.

O internacionalismo para nós não é uma declaração nos dias de festa. O PSTU está engajado numa batalha pela reconstrução de uma internacional, a IV Internacional.

Você poderá acompanhar a juventude do PSTU e sua relação com os grandes processos do movimento estudantil.

Você também verá a associação da luta contra a opressão às mulheres, aos negros e negras, às LGBTIs, aos indígenas e imigrantes.

Por isso, chamamos você a ser parte do PSTU. Soma-se a nós na construção de partido um partido socialista e revolucionário!

Rosa e Zé Luís Sundermann, e Gildo Rocha: presentes!

Rosa, Zé Luís e Gildo

Poucos dias após a fundação do partido, enquanto os militantes de todo o país ainda comemoravam, a organização perdia dois dirigentes. Rosa e Zé Luís Sundermann, militantes de São Carlos (SP), foram mortos em casa, no dia 12 de junho de 1994, por pistoleiros. Apesar da campanha realizada pelo partido e de todos os indícios que apontam para os usineiros da região, os culpados seguem impunes.

O PSTU teve ainda outro militante assassinado, em 2000, em Brasília. O sindicalista Gildo Rocha participava de um piquete de sua categoria quando foi atingido por policiais.