No dia 16 de maio mais de sete mil professores ocuparam o Gigantinho e realizaram a maior assembléia desde a greve do ano 2000.

Apesar da convocatória do Sindicato (CPERs) colocar a campanha salarial no centro da pauta, o que predominou na assembléia, por imposição da base, foi o tema da reforma da Previdência.

Já no início, quando foram lidas mensagens e anunciados parlamentares presentes, a categoria mostrou que não quer a reforma ao vaiar os deputados petistas. Apenas Luciana Genro (PT) não foi vaiada.

Refletindo o sentimento existente nas escolas, a assembléia exigiu que a direção do sindicato inicie uma campanha contra a reforma e votou um calendário de luta: 30 de abril – paralisação geral e ato estadual; e 11 de junho – caravana a Brasília. Foi aprovado também que a categoria participará da greve que os servidores federais estão preparando.

Ao votar que o CPERS deve ser contra a reforma, a categoria derrotou a política vacilante da direção majoritária do sindicato.

Porém, já se passou mais de uma semana desde a Assembléia e a direção do sindicato não fez nenhum movimento para cumprir as decisões votadas pela base. Não assumiu a luta contra a reforma da previdência conforme foi votado. Escondendo-se na convocatória da CUT estadual, manteve o eixo da Articulação: “não a retirada de direitos”. Além disso, não fez nenhum material convocando a paralisação do dia 30 nas escolas. Tal postura mostra que, para ir à luta, os trabalhadores em Educação do Rio Grande do Sul terão que impor outras derrotas à maioria da direção do sindicato.

Post author Altemir Cozer,
de Porto Alegre (RS)
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