Ativistas finalizam últimos preparativos para o grande atoA poucos dias da marcha, ativistas de todo o país finalizam os últimos preparativos para a grande marcha em Brasília. O protesto, convocado por setores como a Conlutas, Intersindical e Pastorais Sociais de São Paulo, tem tudo para ser a maior manifestação já realizada no governo Lula.

Centrada na luta contra a reforma da Previdência, a marcha incorpora também as bandeiras levantadas pelo Plebiscito Popular, como a campanha pela reestatização da Vale do Rio Doce, contra os altos preços da energia elétrica e o pagamento da dívida pública. Além disso, a marcha levará as reivindicações do amplo leque de setores que compõem sua organização. Os estudantes, por exemplo, se mobilizarão contra as reformas de Lula, formando um bloco na marcha contra o Reuni, que prevê mais precarização no ensino público.

Já as delegações da Bahia, Sergipe e Ceará organizam um grande bloco contra o projeto de transposição do Rio São Francisco, medida do governo que apenas beneficia os grandes latifundiários em detrimento da população pobre da região. Nos estados do Nordeste, o plebiscito incluiu a pergunta sobre a transposição, contando com grande adesão da população e dos trabalhadores.

Estados fecham número de ônibus
Grande parte dos ativistas dos estados já definiu a estimativa do número de ônibus que devem levar a Brasília. Só o estado de Minas Gerais deve garantir de 70 a 100 ônibus parra o ato. O Rio Grande do Sul, apesar da distância, deve levar cerca de 30 ônibus.

Os ativistas cariocas também devem marcar presença no ato, levando 50 ônibus à manifestação. De Santa Catarina devem partir sete ônibus para o ato. Já o estado de São Paulo se esforça para atingir a meta de 120. Só o sindicato dos metalúrgicos de São José dos Campos (SP) deve enviar 20 ônibus.

Além disso, está sendo preparado um operativo para disponibilizar um grande número de ônibus para varrer as cidades satélites de Brasília e demais municípios de Goiás.

Ao contrário das últimas “manifestações” que ocorreram em Brasília, patrocinadas pelo próprio governo federal, a marcha do dia 24 está sendo totalmente financiada pelos trabalhadores e suas entidades. Por isso, os ativistas realizam uma intensa campanha financeira nos estados a fim de viabilizar as caravanas. A Conlutas São Paulo, por exemplo, produziu 20 mil “bônus solidários” de R$ 2 a fim custear as despesas do ato.