A greve dos servidores públicos começou com força total. centenas de milhares de servidores cruzaram os braços e tomaram as ruas em todo o país contra a reforma da PrevidênciaO governo se surpreendeu com a força da greve, que é uma das mais fortes já realizadas pelo funcionalismo, quando no seu período inicial. A paralisação atingiu já no primeiro dia entre 40% a 45% de todo o funcionalismo federal, o que é um excelente começo.
Além dos setores com tradição de greves fortes e que estão com índices altíssimos de adesão, como os professores e funcionários das universidades, os trabalhadores do INSS e do IBGE, os auditores e técnicos da Receita Federal, trabalhadores das escolas técnicas federais, funcionários de muitos outros setores estão aderindo: Banco Central, Fisco estaduais, Incra, Judiciário, etc.
Por isso, o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, declarou que o governo estaria disposto a “rever aspectos“ da reforma da Previdência. Isto é apenas um sintoma de que a greve dos servidores contra a proposta da reforma e pela retirada da PEC 40 está no caminho certo. O governo até agora não se dispôs a uma negociação séria, que reverta a essência da “reforma“, que é de privatização da Previdência. Porém, sua reação é de quem sentiu o tranco do movimento.
O Comando do Funcionalismo tem uma avaliação extremamente positiva sobre o grau de adesão à greve e, com a força que ela está demonstrando nos estados, avalia que a perspectiva de crescimento da paralisação nos próximos dias e semanas é muito boa. Sendo que, em agosto, entrarão ainda mais setores (sobretudo das esferas estadual e municipal) que hoje estão em férias.
A tarefa central agora é ampliar a greve e levar adiante o calendário de manifestações e mobilização votado pela Plenária Nacional dos SPFs.
Post author Rogério Marzola,
diretor da Fasubra
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