A plenária foi realizada de forma híbrida e contou com a participação de 180 ativistas
Redação

A Plenária Nacional Sindical e Popular, realizada na noite desta terça-feira (27/06), aprovou o 5 de julho como dia de luta contra o arcabouço fiscal do governo Lula-Alckmin e o Marco Temporal do agronegócio, que avança no roubo das terras e no genocídio dos povos indígenas.

Antes de aprovar o calendário de lutas, realizou-se um balanço das manifestações realizadas no último dia 13. “Reivindicamos as mobilizações que realizamos no dia 13. Foi um passo inicial, ainda manifestações pequenas, mas importantes para se contrapor ao arcabouço fiscal do governo Lula e ao Marco Temporal. A maioria das direções do movimento e das maiores centrais sindicais estão caladas e inertes diante de tamanhos ataques que ocorrem sob o novo governo de Lula. Eles deveriam estar aqui nesta plenária, contudo, seguem na aba do governo. Esta plenária mostra que há setores que entendem a importância da independência de classe e da luta para defender os interesses da classe trabalhadora“, pontuou Atnágoras Lopes, da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas.

“Essa plenária é um ponto de resistência. Enquanto iniciamos aqui nosso debate, o governo Lula aprova R$ 340 bilhões ao agronegócio, mostrando para quem governa. As reformas Sindical, Trabalhista e do Novo Ensino Médio não foram revogadas. Nosso compromisso aqui é com a luta da classe trabalhadora, contra o governo de plantão e a ultradireita”, destacou Atnágoras.

Altino Prazeres, falou em nome do PSTU, e reafirmou a importância da unidade de ação contra o arcabouço fiscal do governo Lula-Alckmin e o Marco Temporal. Ressaltou a luta dos povos originários da província de Jujuy na Argentina e a importância de emitirmos a solidariedade internacional.

O arcabouço fiscal é um ataque ao conjunto da classe trabalhadora, a favor dos empresários e dos banqueiros. Da mesma forma que o Marco Temporal é um brutal ataque aos povos originários e a favor do agronegócio. O PSTU saúda a construção desse espaço unitário, somos oposição de esquerda ao governo Lula-Alckmin e contra a ultradireita. Nossa luta é em defesa da classe trabalhadora e não dos governos e patrões”, disse Altino.

A plenária foi realizada de forma presencial, na sede do Sinsprev-SP, e de forma virtual, através da plataforma Zoom, e contou com a participação de 180 ativistas. O PSTU assinou a convocação da plenária junto com a CSP-Conlutas, Sinsprev-SP, Sindsef-SP, Sintrajud-SP, Fenasps, FNL, Unidade Classista, Unidos Pra Lutar, PCB, CST, Revolução Socialista, POR e MRT. Durante a plenária, o Sindicato dos Metroviários-SP anunciou a integração a esse espaço unitário.