A partir da base, sem esperar pela direção sindical ou política, unificaram suas reivindicações salariais, de defesa dos recursos naturais contra o saque das multinacionais, contra a repressão, pelos direitos democráticos e pela liberdade dos/as preso/as de Morales. É um grande exemplo com suas paralisações, mobilizações massivas e sua legítima violência para se defender, passando por cima da falsa “democracia” que só serve aos poderosos.

Já houve retrocessos parciais do governo provincial, pequenas vitórias. Mas a luta continua. Mantendo sua reivindicação pela revogação da Reforma Constitucional (10 municípios de Jujuy já a rejeitaram) e pela renúncia de Morales.

As rotas internacionais estão bloqueadas. Pode-se conquistar a vitória.

Aprofundar a luta e a solidariedade

Nesses dias os metrôs pararam pela redução da jornada de trabalho, os motoristas de ônibus por salário, a UOM Rio Grande está em luta por tempo indeterminado, em meio a luta salarial de vários sindicatos.

A solidariedade com Jujuy e todas essas lutas poderiam ter sido unificadas em uma greve geral como início de um plano de luta. Mas não podemos esperar que a direção sindical que apoia os governos patronais no poder o faça. As eleições não vão mudar nada. Ganhe quem ganhar seguirá o mesmo modelo de país dominado pelo FMI e pelos poderosos do mundo.

É preciso continuar com as medidas de solidariedade, com novas mobilizações em Buenos Aires e outras cidades.

As reivindicações são conquistadas com a greve, na rua e nas rodovias, confrontando o poder do Estado e dos patrões com a força e o poder da unidade operária e popular.

E as eleições?

Haverá votação nas PASO (Eleições primárias), e em outubro. É necessário fazê-lo por uma variante diferente, de independência da classe trabalhadora. Contra todas as candidaturas do FMI: Massa, Bullrich, Larreta e Milei…

Por isso estamos nas listas da FIT-U para as eleições, aproveitando a campanha para apoiar as lutas e mostrar um programa e uma política para encarar todas elas e as propostas enganosas como a de Grabois. Por uma Argentina socialista sem FMI nem capitalistas.

Explicando que as eleições passam e novos ataques contra o povo trabalhador virão. Que precisamos aprender as lições do Jujeñazo, para seguir construindo a organização revolucionária que nos permita encara profundamente uma luta por um país oposto que acerte as contas com os que nos impõe os ajustes, que castigue a repressão dos patrões, que exproprie aqueles que nos espoliam tudo.

Por uma nova independência

É julho. Aniversário da guerra revolucionária que nossos/as patriotas enfrentaram para nos libertar do império espanhol. Nada se consegue coletivamente de outra forma, sem esforço.

Hoje estamos quase colonizados. Pelas multinacionais imperialistas, pelo FMI e pelos políticos servidores do grande capital.

É preciso lutar por uma nova independência. Mas não há Belgranos, San Martines ou Juanas Azurduy entre os partidos e direções tradicionais. Os homens e mulheres heróis e heroínas estão em Humahuaca e Purmamarca, em cada canto do país onde luta um operário, um professor, um membro de uma comunidade originária, um jovem que trabalha e estuda sem descanso, uma jovem que sai para trabalhar todos os dias vencendo o esgotamento e a opressão do sistema capitalista.

Há 200 anos, havia quem soubesse oferecer a vida pelos outros. Temos que nos unir quem está disposto a fazer isso agora. O PSTU, partido de Sebastián Romero e Daniel Ruiz, perseguidos e presos por luta, se oferece para fazer parte dessa luta. Queremos fazer isso junto com você.

Publicado em http://www.pstu.com.ar