Redação

No último dia 31 de maio, ocorreu um ato em Buenos Aires, na Argentina, em defesa da liberdade do ativista Sebastián Romero, militante do PSTU-Argentina e perseguido político. O ato reuniu uma série de entidades e organizações de esquerda, na data que marcou um ano da prisão do ativista.

Romero é perseguido pelas autoridades do país desde dezembro de 2017, por sua participação num grande protesto contra a reforma da Previdência, do então governo Macri. Foi preso em junho de 2020 e, após uma intensa campanha, dentro e fora do país, conquistou o direito à prisão domiciliar, em agosto do mesmo ano. No entanto, segue sendo um prisioneiro político, agora sob o governo de Alberto Fernández.

Sua prisão é parte do processo de criminalização das lutas e dos lutadores no país. Processo que acarretou no encarceramento, por mais de um ano, de Daniel Ruiz, também militante do PSTU, e que atinge outros ativistas. Durante o ato, Sebastián Romero enviou uma mensagem, por áudio, em que disse: “As únicas ferramentas que temos para conseguir uma verdadeira justiça são a mobilização, a organização e, se necessário, a autodefesa frente ao Estado repressor.”

Como afirma nota da seção argentina da Liga Internacional dos Trabalhadores (LIT-QI), “sua prisão é uma forma de criminalizar os protestos sociais e uma tentativa de dar uma lição a quem decide lutar por melhores condições de vida. Sebastián não é o primeiro nem o único, são milhares os perseguidos e detidos pelos governos e Estados. Quando os povos se levantam e dizem ‘basta!’ à miséria e às injustiças, como na Colômbia e no Chile, a resposta é repressão e mais ajuste, com métodos sanguinários e violência sexual.”