Metalúrgicos de São José dos Campos elegem delegados ao Congresso
Redação

Congresso ocorre em Vinhedo (SP) entre 3 e 6 de outubro

“O Congresso de nossa central encara o desafio político e de organização da classe trabalhadora contra Bolsonaro-Mourão e seu projeto de ditadura, semiescravidão, entrega da soberania e destruição do meio-ambiente”, resume Luiz Carlos Prates, o Mancha, metalúrgico de São José dos Campos (SP) e da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas.

“É nesse contexto de exercício da resistência e enfrentamento a esses ataques, priorizando a ação direta e buscando se afirmar como alternativa de direção para o movimento de massas, que a central vem preparando o seu 4º Congresso”, destaca Moisés, dirigente do Sinasefe, Ifes de Santa Tereza no Espírito Santo.

Desde o primeiro dia do governo, a CSP-Conlutas está à frente da luta contra os ataques e batalha pela construção da mais ampla unidade de ação. “Apesar das nossas exigências às direções das demais centrais, não conseguimos que topassem convocar e organizar uma greve geral para barrar a reforma da Previdência, o papel da cúpula das outras centrais foi lamentável”, diz o operário da construção civil e dirigente nacional da CSP-Conlutas, Zé Batista.

Em seus anos de existência, a central sempre manteve sua independência de classe. “Fomos sempre independentes e enfrentamos todos os governos, incluindo os de conciliação de classes capitaneados pelo PT e seus aliados que, ao governar o capitalismo, também atacaram a nossa classe”, enfatiza Paulo Barela, servidor federal e dirigente da CSP-Conlutas.

Delegados e delegadas são eleitos em assembleias de base

Assembleia no Simpere (Educação Municipal – PE)

Neste momento, ativistas, sindicatos, oposições, movimentos populares e de luta contra as opressões, movimentos de juventude e trabalhadores da cidade e do campo de todo o país realizam assembleias e arrecadam finanças pela base para custear o congresso.

O congresso vai debater a conjuntura nacional e internacional e definir um plano de lutas. Por exemplo, vai discutir e deliberar sobre a defesa da Amazônia, dos povos originários, da reforma agrária e da moradia, bem como sobre a luta em defesa da soberania nacional, contra as privatizações e, ainda, contra os ataques aos sindicatos e às liberdades democráticas e, com destaque, em defesa da educação nas três esferas”, explica Rejane Oliveira, professora da educação básica do Rio Grande do Sul e dirigente da central. Ela reforça ainda que as assembleias de base já realizadas pelo país vêm demonstrando que este será um grande congresso. Enquanto fechávamos esta edição, já haviam sido marcadas quase 400 assembleias em todo o país.

Assembleia na Ocupação Jd União, em SP

Para Irene Maestro, do movimento Luta Popular, uma das maiores dificuldades para a construção do congresso hoje é financeira. “De um lado, temos os ataques aos sindicatos por parte do governo que quer impedir até o desconto em folha daqueles que livremente se associam e, de outro, como sempre foi nossa dura realidade, nós do movimento de luta por moradia e território ainda temos o aumento das dificuldades com o desemprego em massa e a violência contra nosso povo nas periferias. Mas nada disso vai nos impedir de realizar um grande congresso”, disse.

Assembleia dos servidores da Saúde estadual, no RN

Independência de classe e vocação estratégica

Na preparação do 4º Congresso, é importante enfatizar a vocação da central de afirmar um projeto estratégico e alternativo para a nossa classe. A expressão dessa vocação da CSP-Conlutas, de ser vanguarda na unidade para lutar, mas de se construir pela base com independência de classe, com democracia operária e internacionalista, pode verificar-se nas lutas das quais participamos.

Em meio à construção do congresso, nossa central continua tendo protagonismo. Um exemplo é o papel que a CSP-Conlutas tem na luta da comunidade do Cajueiro e contra a entrega da Base de Alcântara por Bolsonaro, num enfretamento direto com o governo Flávio Dino (PCdoB) no Maranhão. É também na luta junto aos quilombolas e indígenas, como os Tremembés. Outro exemplo é a batalha que travamos em petroleiros para que se unifique com os terceirizados contra o projeto de privatização da empresa. Ou junto aos imigrantes venezuelanos e haitianos, num exercício de solidariedade ativa e internacionalismo proletário.

Nosso congresso está de portas abertas a todos os ativistas que queiram lutar.

PROGRAMAÇÃO

3/10

14h30: Painel de Conjuntura Nacional e Internacional

4/10

14h30: Grupos de Trabalho sobre os desafios do movimento sindical e popular em meio aos ataques à livre organização

5/10

9h: Ato em defesa dos indígenas e quilombolas e contra a destruição do meio ambiente

17h: Painel sobre a luta contra as opressões

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