• Sumário
  • ANO 2002

    José Welmowicki
    Bush continua a guerra contra os povos ……… 7

    Bill Hunter
    O novo despertar da classe operária inglesa …….. 19

  • LUTA DE CLASSES

    Américo Gomes
    Venezuela: uma revolução na encruzilhada ……. 25

    PST – Colômbia
    Colômbia: o governo Uribe e as tarefas dos socialistas ……. 33

    POS – México
    Sindicato enfrenta multinacional e o governo …….. 38

  • DOSSIÊ BRASIL

    James Petras
    Brasil: neoliberalismo, crise e política eleitoral …….. 47

    Euclides de Agrela
    América Latina se une contra a Alca …….. 52

    Euclides de Agrela
    Uma alternativa revolucionária nas eleições brasileiras …….. 54

    Mariucha Fontana
    O governo Lula e os desafios da esquerda revolucionária …….. 60

  • PONTOS DE VISTA

    Tom Lewis
    O império contra-ataca …… 75

    Cristiano Monteiro
    Teoria do imperialismo e desnacionalização: o caso da economia brasileira …… 91

    Jaime Vilela
    Coca: narcotráfico e recolonização …… 101

  • EM TEORIA

    Olmedo Beluche
    Os Trabalhadores do Estado e a Teoria Marxista das Classes Sociais ……. 98

    Vladislav Inozemtzev
    A concepção de Marx sobre a formação social e econômica …… 125

  • CULTURA

    Phil Gasper
    Biólogo Dialético Stephen Jay Gould (1941-2002) …………… 137

  • LIVROS
    Ernesto González (coordenador)
    O Trotskismo Operário e Internacionalista na Argentina ……. 146
  • Apresentação

    Este número de Marxismo Vivo inicia uma nova época. Quando lançamos a revista, ela tinha uma proposta: num momento de crise e reflexão após a queda do muro de Berlim e a sucessão das revoluções do Leste, tomar a tarefa de elaborar um programa revolucionário, mediante o estudo, a pesquisa e a polêmica necessária para avançar no debate no campo do marxismo. Acreditamos que essa tarefa era e continua sendo necessária e urgente, porque o debate sobre a existência ou não do imperialismo, o caráter de Cuba, da China e dos países do Leste, a validade da revolução socialista, da luta de classes e do partido revolucionário, continuam no centro da discussão dos movimentos sociais e do ativismo de esquerda gerado pelas mobilizações e processos revolucionários por todo o mundo.

    Para isso, a revista se dispunha a “abrir suas páginas às organizações marxistas revolucionárias, aos lutadores contra o capital e aqueles intelectuais que não se conformam apenas em ensinar, mas buscam aprender com o marxismo e a luta de classes”. Ela se vinculou desde o início à proposta de reorganização de uma Internacional revolucionária. Até aqui nossa revista era um órgão do Koorkom (Comitê pela Reconstrução do Partido Operário Internacional). Mas em seu desenvolvimento, o Koorkom cumpriu uma fase de seu projeto, dando origem à fusão entre a LIT-QI e o POI da ex-URSS e deixou de existir enquanto tal.

    No entanto, a revista, que surgiu com um duplo objetivo, além de ter contribuído para a fusão do POI e da LIT, também atraiu a colaboração de organizações, dirigentes e intelectuais que se colocam no campo do marxismo revolucionário. Por isso sua tarefa prossegue junto a setores que não são somente do POI ou da LIT.
    Este número é particularmente representativo da continuidade dessa proposta, pois temos a colaboração de um dirigente do PST panamenho, um artigo sobre a Colômbia feito a partir de materiais do PST colombiano e um sobre a Venezuela, feito em contato com um série de grupos revolucionários. Cada um desses grupos pertencem a diferentes organizações internacionais. Saudamos em particular a colaboração nestas páginas de militantes com a trajetória de Ernesto Gonzalez, da Argentina, e de intelectuais que, não sendo membros de nenhuma dessas organizações citadas, cumprem um papel importante no campo do marxismo, como James Petras. Destacamos também a participação como colaboradores dos companheiros da International Socialist Organization (ISO) dos Estados Unidos, dos quais publicamos artigos saídos em sua revista International Socialist Review. A luta contra o imperialismo se dá no mundo inteiro, mas em particular é importante a batalha no coração dos EUA. Na Argentina, na Venezuela, no Oriente Médio, as revoluções colocam a necessidade premente de uma resposta política.

    A proposta de Marxismo Vivo é continuar a serviço desse debate para construir um programa e a organização revolucionária mundial nesta época em que os fatos se sucedem exigindo respostas revolucionárias.