José Welmowicki Bill Hunter Américo Gomes PST Colômbia POS México James Petras Euclides de Agrela Euclides de Agrela Mariucha Fontana Tom Lewis Cristiano Monteiro Jaime Vilela Olmedo Beluche Vladislav Inozemtzev Phil Gasper Ernesto González (coordenador) O Trotskismo Operário e Internacionalista na Argentina ……. 146 |
Apresentação
Este número de Marxismo Vivo inicia uma nova época. Quando lançamos a revista, ela tinha uma proposta: num momento de crise e reflexão após a queda do muro de Berlim e a sucessão das revoluções do Leste, tomar a tarefa de elaborar um programa revolucionário, mediante o estudo, a pesquisa e a polêmica necessária para avançar no debate no campo do marxismo. Acreditamos que essa tarefa era e continua sendo necessária e urgente, porque o debate sobre a existência ou não do imperialismo, o caráter de Cuba, da China e dos países do Leste, a validade da revolução socialista, da luta de classes e do partido revolucionário, continuam no centro da discussão dos movimentos sociais e do ativismo de esquerda gerado pelas mobilizações e processos revolucionários por todo o mundo.
Para isso, a revista se dispunha a abrir suas páginas às organizações marxistas revolucionárias, aos lutadores contra o capital e aqueles intelectuais que não se conformam apenas em ensinar, mas buscam aprender com o marxismo e a luta de classes. Ela se vinculou desde o início à proposta de reorganização de uma Internacional revolucionária. Até aqui nossa revista era um órgão do Koorkom (Comitê pela Reconstrução do Partido Operário Internacional). Mas em seu desenvolvimento, o Koorkom cumpriu uma fase de seu projeto, dando origem à fusão entre a LIT-QI e o POI da ex-URSS e deixou de existir enquanto tal.
No entanto, a revista, que surgiu com um duplo objetivo, além de ter contribuído para a fusão do POI e da LIT, também atraiu a colaboração de organizações, dirigentes e intelectuais que se colocam no campo do marxismo revolucionário. Por isso sua tarefa prossegue junto a setores que não são somente do POI ou da LIT.
Este número é particularmente representativo da continuidade dessa proposta, pois temos a colaboração de um dirigente do PST panamenho, um artigo sobre a Colômbia feito a partir de materiais do PST colombiano e um sobre a Venezuela, feito em contato com um série de grupos revolucionários. Cada um desses grupos pertencem a diferentes organizações internacionais. Saudamos em particular a colaboração nestas páginas de militantes com a trajetória de Ernesto Gonzalez, da Argentina, e de intelectuais que, não sendo membros de nenhuma dessas organizações citadas, cumprem um papel importante no campo do marxismo, como James Petras. Destacamos também a participação como colaboradores dos companheiros da International Socialist Organization (ISO) dos Estados Unidos, dos quais publicamos artigos saídos em sua revista International Socialist Review. A luta contra o imperialismo se dá no mundo inteiro, mas em particular é importante a batalha no coração dos EUA. Na Argentina, na Venezuela, no Oriente Médio, as revoluções colocam a necessidade premente de uma resposta política.
A proposta de Marxismo Vivo é continuar a serviço desse debate para construir um programa e a organização revolucionária mundial nesta época em que os fatos se sucedem exigindo respostas revolucionárias.