Temer, Renan Calheiros e José Serra: mais um jantar de luxo
Redação

Na noite desta quarta-feira, 16, Michel Temer ofereceu mais um jantar de gala em pleno Palácio da Alvorada. Desta vez para os senadores que deverão votar nos próximos dias a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 55, que prevê o congelamento dos gastos públicos por 20 anos.

Não vamos ter a ilusão de que você combate a recessão com medidas simplesmente doces, precisa de medidas amargas“, discursou Temer aos senadores. O presidente só se esqueceu de dizer que as tais medidas amargas só são para os trabalhadores, estudantes e a população mais pobre. Para os banqueiros e empresários, as medidas continuam bastante doces.

Na defesa de sua “PEC da morte”, Temer afirma que a Previdência tem um déficit de R$ 170 bilhões. Mesmo que fosse verdade, coisa que não é, é bem menos que os R$ 224 bilhões do Bolsa Empresário que seu governo vai garantir no ano que vem. Esse valor se refere ao conjunto de isenções e subsídios concedidos pelo governo Dilma aos empresários e que sua gestão manteve.

Ostentação para tirar os seus direitos
Ostentação para tirar os seus direitos

Temer ainda reafirmou o roteiro de seu governo. “O passo seguinte é a Previdência (…) sequencialmente precisamos ir para uma reformulação de natureza trabalhista“, disse. Ou seja, a PEC do teto é a antessala de uma reforma da Previdência que vai atacar duramente o direito dos trabalhadores se aposentarem, e por fim, o alvo será os direitos trabalhistas.

O jantar de gala ocorreu poucas horas após a manifestação no Rio que reuniu milhares de servidores e que derrotou a repressão da Tropa de Choque com apoio da Força Nacional de Segurança. Ocorre ainda num momento em que as ocupações de escolas e universidades se alastram por todo o país, apesar da repressão, e a menos de 10 dias de uma nova jornada de lutas e paralisações que deve parar o Brasil no próximo dia 25.

Nós estamos fora do planeta“, disse Temer no jantar da Alvorada, enfiado em seu smoking e cercado de luxo pago com dinheiro público. Se pensa que vai conseguir implementar todos esses ataques sem a resistência da classe trabalhadora e da juventude, ele está mesmo.

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