PSTU-SE

Gilvani Alves dos Santos, do PSTU Sergipe

Em menos de seis meses, mais de 90 mil vidas já foram interrompidas em nosso país pelo coronavírus e pela política genocida do governo Bolsonaro e Mourão, a serviço do sistema capitalista, assim como também pela negligência dos governos estaduais e municipais.

Aqui em Sergipe, a pandemia já nos tirou quase 1.400 histórias. Gente que amava e era amada por outras tantas pessoas. Assim, na última terça-feira, 28, o PSTU Sergipe perdeu o companheirismo sólido de Maria de Fátima, grande liderança do nosso partido, no município de Lagarto. Foi pelas mãos dela que nasceu a representação do PSTU na cidade, em 1993, com direção e ampla organização das lutas pela ocupação de terra, das passeatas contra as reformas e também contra a ditadura militar.

Ao longo dos anos, Fátima construiu uma estrada de engajamento nos movimentos sociais e de luta por uma sociedade socialista. Iniciou suas atividades já na década de 80, fortalecendo mobilizações que fizeram parte da história de nosso país, como as Diretas Já, as lutas contra as reformas da Previdência e administrativa de Fernando Henrique Cardoso, pelo Fora Collor e na construção de greves gerais.

Professora de inglês, formada em Letras Estrangeiras pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), atuava na rede estadual e municipal e chegou a contribuir com diversas traduções de textos internacionais. Foi também fundadora do Sindicato dos Professores da Cidade de Lagarto, que mais tarde se uniu ao Sintese. Por sua grande atuação na cidade, a notícia de sua morte gerou grande comoção entre alunos, amigos e companheiros políticos de sua trajetória.

Fátima era uma das referências do nosso partido. Atuou no enfrentamento político não apenas aos governos da direita, mas também aos reformistas de todas as vertentes. Era uma companheira de muitas lutas em Sergipe e principalmente na cidade de Lagarto, junto com Ademir [Francisco], que também é professor e atuou nas lutas junto conosco”, disse Vera Lúcia, com emoção.

Recentemente, ela havia se aposentado do cargo de professora e não participava ativamente das atividades do partido, mas continuava defendendo e fortalecendo nossas lutas. “Sempre atuou de forma brilhante, consciente e organizada nas ações de nosso partido e em defesa do socialismo no município de Lagarto”, completa Elinos Sabino.

O PSTU Nacional e de Sergipe lamentam sua morte e prestam solidariedade à família, aos seus alunos e demais companheiros de estrada, como Elinos, Ademir, Fátima Vasconcelos, Paulo Oliveira e Eduardo Bastos. Agradecemos imensamente pelo caminho que construímos juntos pela defesa da nossa classe e por uma sociedade socialista. Seguiremos levando seu companheirismo como força motriz de nossos próximos passos.

Fátima presente hoje e sempre!