Militantes de movimentos sociais e partidos políticos realizaram no dia 2 de agosto, em Salvador, uma manifestação de solidariedade aos libaneses e palestinos e de repúdio aos ataques imperialistas em todo mundo, com cerca de 200 pessoas. A queima de bandeiras dos Estados Unidos deu início ao ato, às 10h30, no Campo Grande. De lá, uma passeata seguiu até a Praça da Piedade, onde foi encerrada, por volta do meio-dia.

Uma reunião foi marcada para a segunda, dia 7, para organizar mais um ato. Os protestos em Salvador começaram no dia 24, com um ato da comunidade árabe, em frente ao consulado americano, na Avenida Tancredo Neves.

A resposta e pressão feita pelo povo organizado em todo o mundo é um fator de essencial importância na construção dessa luta. Em função disso, a Frente de Esquerda (PSOL, PSTU e PCB), a Conlutas e a Conlute marcaram presença no ato. Nas intervenções dos militantes do PSTU, foi defendida a edificação de uma Palestina laica e soberana, capaz de agregar pessoas de diversas crenças religiosas e tendências políticas, e a destruição do Estado de Israel, como medida fundamental para a concretização da paz no Oriente Médio. A nova agressão no Oriente Médio só ratifica a tese de que o Estado de Israel foi criado para atender aos interesses imperialistas em voga nas nações hegemônicas, principalmente Estados Unidos e Inglaterra, para aumentar as suas extensões sobre a riqueza dos demais países pelo uso da força.

Os militantes da Frente ressaltaram também as ações imperialistas que ocorrem sistematicamente da América Latina, defendendo a necessidade de se retirar imediatamente às tropas brasileiras do Haiti e denunciando veementemente o governo Lula pela sua posição de subserviência aos interesses imperialistas dos Estados Unidos.

Um dia antes, aconteceu um debate de extrema importância sobre a invasão ao Líbano, suas raízes históricas, os interesses econômicos que a região desperta nas potências econômicas e a sobre a conjuntura atual do Oriente Médio. Na discussão, militantes do PCdoB defenderam idéias como a manutenção das tropas brasileiras no Haiti, para assegurar “a paz e o processo eleitoral”, e a democratização da ONU. Como bem expôs o professor Daniel Romero (PSTU), que compunha a mesa, democratizar a ONU é como tentar democratizar o imperialismo ou o FMI, por exemplo.