PSTU-Campinas

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Cerca de mil famílias moram no “Acampamento Marielle Vive”, ocupado em 14 de abril de 2018, apenas um mês após a execução da vereadora Marielle Franco no Rio de Janeiro. O acampamento é localizado na Fazenda Eldorado Empreendimentos Ltda.

No dia 18 de julho, os moradores do acampamento localizado em Valinhos, interior de São Paulo, realizavam uma manifestação com entrega de alimentos na luta pela terra, exigindo fornecimento de água para o acampamento. Os moradores estão sem abastecimento de água pela prefeitura de Valinhos há mais de um ano. No momento do ato, os acampados foram surpreendidos por um homem que, com uma caminhonete em alta velocidade, atropelou vários manifestantes, entre eles Luiz Ferreira da Costa, de 72 anos, que não resistiu aos ferimentos e morreu.

O motorista da caminhonete estava armado e ameaçou os manifestantes que tentaram perseguir o veículo. Entre os feridos estava o jornalista Carlos Filipe da rádio Noroeste do Coletivo Socializando Saberes. Carlos registrava a manifestação e Luiz carregava a faixa principal da manifestação e, por estar de costas, não viu o carro se aproximando.

Numa sociedade capitalista onde 1% dos mais ricos tem a mesma riqueza que os 99% mais pobres, a luta por moradia e por terra é uma necessidade para lutar contra a miséria. Precisamos lutar por uma sociedade socialista onde a riqueza produzida pelos trabalhadores seja controlada pelos próprios trabalhadores.

O PSTU se solidariza com os manifestantes do MST e repudia veementemente mais esse atentado contra os trabalhadores e o povo pobre do país. Lutar por terra e moradia é um direito. Basta de repressão e violência contra os lutadores sociais!

Exigimos a imediata punição a este assassino, que age sob o clima de terror contra os movimentos populares, incentivado por autoridades como o presidente Bolsonaro que não se cansa de defender armas para os fazendeiros avançar contra a população pobre que luta por moradia.