Operários da construção civil de Fortaleza (CE) realizam Grupo de Estudo com o Opinião Socialista
PSTU-SP

Deyvis Barros, de São Paulo

O Opinião Socialista, o jornal quinzenal do PSTU, voltou a ser impresso, depois de dois anos sendo distribuído por meios digitais, devido a pandemia da covid-19. O retorno não poderia ser de outra forma. O retorno da publicação impressa animou a militância, que foi à porta das fábricas e adentrou obras da construção civil para levar o Opinião Socialista aos operários.

Em poucos dias o Opinião Socialista estará completando 26 anos de existência. Sua primeira edição apareceu em junho de 1996. De lá pra cá, segue sendo um instrumento a serviço da educação da classe trabalhadora brasileira na independência de classe, no internacionalismo proletário e na necessidade da construção de uma alternativa socialista para o nosso país.

Registro da luta da classe trabalhadora brasileira

O Opinião Socialista foi porta-voz das denúncias contra as privatizações e ataques do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), da luta contra o Acordo de Livre Comércio das Américas (Alca) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) e da luta pelo do “Fora FHC” nos governos PSDBistas.

O Opinião Socialista alertou a classe trabalhadora a não ter ilusões quando Lula (PT) ganhou as eleições de 2002. Afirmamos em suas páginas que o petista manteria o mesmo programa econômico de ataques à nossa classe. Com independência de classe, nas páginas do jornal do PSTU não se encontram notícias e artigos que capitulem ao governo de colaboração de classes do PT em seu auge e nem em seu declínio.

No período mais recente, o Opinião Socialista foi vanguarda em explicar para os trabalhadores o que significava a Reforma Trabalhista de Temer (MDB) e chamou à greve geral para resistir contra ela.

No governo Bolsonaro (PL), Opinião Socialista defendeu a necessidade da construção da mais ampla unidade contra os ataques e as ameaças autoritárias de Bolsonaro e chamou a construir a greve geral sanitária em defesa da vida durante a pandemia.

Nosso jornal não é imparcial. Ele está do lado da classe trabalhadora e sua história está ligada à construção de um partido socialista no Brasil e de uma Internacional para superar o sistema capitalista, que relega a nossa classe à miséria e à morte.

Piquete com o Opinião Socialista na porta da fábrica na Zona Sul da cidade de São Paulo (SP)

Jornal impresso volta às manifestações e portas de fábricas

Durante o período de isolamento, os ativistas que nos acompanham seguiram recebendo o nosso jornal por meios virtuais. São dezenas de milhares de trabalhadores e jovens no país que recebem quinzenalmente o Opinião Socialista de forma virtual. Mais recentemente, incluímos a possibilidade de ouvir os textos em áudio, que facilita o acesso. Esse é um patrimônio que será mantido.

Com o retorno do jornal impresso, a militância do PSTU voltou não só repassá-lo aos seus contatos nas frentes em que atuamos. O jornal, coerente com sua história ligada às lutas dos trabalhadores, voltou a marcar presença nas principais manifestações do país, nas portas de fábricas e nas obras da construção civil.

Em várias regionais, realizamos os chamados “piquetes de jornal” em que o Opinião Socialista é levado pela militância do PSTU às bases em que podemos conversar com os trabalhadores e apresentá-los nossas opiniões. Várias fábricas, canteiros de obras, bairros, escolas e outros espaços são visitados pela militância, que oferece aos trabalhadores o Opinião Socialista.

Piquete com o Opinião Socialista na porta da fábrica na região central da cidade de São Paulo (SP)

Para Ana Pagu, dirigente do PSTU em São Paulo, que esteve nos piquetes, “o Opinião Socialista já é conhecido de uma parte dos trabalhadores, que receberam muito bem a volta do jornal impresso. Nosso trabalho é de mão dupla. Levamos uma análise socialista e classista da realidade e algumas propostas para mudar o que está aí. Ao mesmo tempo, dialogamos com os trabalhadores para avançar na construção diária da luta de nossa classe, tão desgastada pelas alternativas burguesas dos patrões e governos”.

Já para Zé Batista, operário da construção civil em Fortaleza (CE) que tem levado o Opinião Socialista aos canteiros de obras, “o jornal fazia tanta falta que eu passei esses dois anos imprimindo a capa e o editorial do jornal toda vez que saia um número novo pra não deixar os operários sem receber o Opinião Socialista. Agora que voltou a edição impressa, estamos podendo discutir vários temas muito interessantes com os trabalhadores dentro dos canteiros e eles sempre recebem muito bem”.

A maior parte das organizações socialistas abandonaram os seus jornais. Um movimento que acompanhou a integração cada vez mais profunda da maioria dessas organizações da esquerda ao regime democrático-burguês. Da nossa parte nos orgulhamos de manter de pé uma publicação a serviço da educação da classe trabalhadora e de sua organização.

Jornado Metalúrgico apresenta o Opinião Socialista aos operários na cidade de São João del Rei (MG)

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