Medida é fruto da ação do Sindipetro AL/SE e da Frente Nacional dos Petroleiros, que mantiveram nas negociações do último acordo coletivo de trabalho esta bandeira histórica da categoriaOnze anos se passaram e, finalmente, os trabalhadores que participaram da maior greve realizada pela categoria petroleira terão a anistia dos dias parados. Essa conquista foi tida graças à persistência da Frente Nacional dos Petroleiros (FNP) que manteve essa reivindicação na pauta negociada com a Petrobras durante a última campanha reivindicatória.

Em Sergipe, por exemplo, a direção do Sindipetro AL/SE já solicitou da gerência da UN-SEAL a relação dos trabalhadores que participaram da greve que atingiu todo o território nacional em 1995. Em resposta, a empresa encaminhou ao Sindicato fichas financeiras com a relação dos nomes das chamadas “faltas não justificadas”. A direção do Sindicato foi informada ainda que os aposentados e pensionistas serão convocados por telegrama a comparecer no Setor de Recursos Humanos da empresa a fim de calcular os valores e agendar os pagamentos. Em relação ao pessoal da ativa, de acordo com os termos do ACT 2006, os trabalhadores terão 24 meses para negociar com o seu chefe imediato a indenização dos descontos, agora reconhecidamente arbitrários, praticados pela empresa durante a greve.

Ao todo, são 32 dias em que os trabalhadores ligados à Petrobras contabilizaram prejuízos nos cálculos de aposentadorias, avanço de nível, promoções e que somente agora estão sendo anistiados. Somando-se ao ajuste do pagamento do 13º salário, do ATS e das férias, os chamados reflexos de greve, já pagos, os trabalhadores do setor petróleo e do ramo químico saem com uma importante vitória ao verem reconhecida a legitimidade de uma greve que entrou para a história do movimento operário, enfrentou o primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e demonstrou o vigor dos petroleiros para lutar pelos seus direitos.