A ocupação da reitoria da universidade pelos alunos e funcionários segue apesar da pressão da direção da USP e da Tropa de Choque da Polícia Militar. O prazo dado pela reitoria para a desocupação expirou à meia noite de ontem. No entanto, em assembléia realizada na noite de ontem, dia 22, reunindo cerca de 1000 pessoas, os estudantes não se intimidaram e rejeitaram a proposta da reitoria, incorporando também as reivindicações dos funcionários em greve.
A desocupação pode ocorrer a qualquer momento. A PM ameaça prender os alunos que resistirem à repressão. Caso ocorra de fato a desocupação, será a primeira grande ação da polícia dentro de uma universidade pública desde a ditadura militar.
Fora Pinnoti!
Os estudantes ocupados também aprovaram a bandeira de “Fora Pinotti“, referindo-se ao atual Secretário Estadual do Ensino Superior, José Aristodemo Pinotti.
Logo mais os estudantes, funcionários e professores da universidade seguem para o ato unificado no vão livre do MASP, na Avenida Paulista. O protesto é contra as reformas do governo Lula, o ataque de Serra à autonomia das universidades e contra o sucateamento do ensino.
Assembléia da Adusp reúne 300 e aprova greve
Acabou de terminar a assembléia da Adusp (Associação dos Docentes da Universidade de São Paulo) com a presença de 300 pessoas. Os professores aprovaram greve por tempo indeterminado, seguindo a deliberação das outras unidades da entidade, unificando-se aos funcionários da universidade já paralisados. A assembléia que acaba de terminar agora na USP é a maior realizada em 20 anos.
Mobilização cresce
Os professores, funcionários e estudantes das demais universidades paulistas também estão se mobilizando. Neste dia 23, os docentes da Unesp e Unicamp realizam paralisação. Os funcionários da Unesp já fazem greve em vários campus.
Caravanas de todo o estado seguem para a Avenida Paulista, para o ato unificado.