Ato foi na reitoria da UfsCar
Robson Rodrigues

Ocorreu na manhã desta terça-feira, 16 de junho, na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), o Ato Público em Memória de José Luís e Rosa Sundermann. Estiveram presentes e compuseram a mesa Luis Carlos Prates, o “Mancha”, representando a Conlutas, Rogério Marzola, da Federação Nacional dos Servidores Técnico-Administrativos das Universidades Federais (Fasubra), Jovino de Araújo, da direção do Sindicato dos Servidores Técnico-Administrativos da UFSCar (SINTUFSCar), Ernesto Gradella, do PSTU, Antonio Donizetti, o “Doni”, do PSTU de São Carlos, e Julieta Lui do PSOL. Servidores e estudantes da universidade e outros militantes e ex-militantes da cidade acompanharam o ato.

Mancha informou que a Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), ligada à OEA, comunicou que a petição que os advogados do PSTU apresentaram sobre o caso do assassinato de José Luís e Rosa Sundermann não foi arquivada e continua em estudo sobre sua admissibilidade. Isso significa que o processo ainda está aberto e que ainda é possível uma condenação do governo brasileiro por ineficiência e impunibilidade dos criminosos.

Em seguida, resgatou a história de José Luis e Rosa Sundermann e denunciou a contínua criminalização dos lutadores dos movimentos sociais e a respectiva omissão dos governos frente a esses acontecimentos. Reivindicou a atualidade da luta travada pelo casal Sundermann, pois, para ele, ainda há muito a ser feito para que o conjunto dos trabalhadores e da juventude possa superar o capitalismo e construir uma nova sociedade socialista.

Marzola resgatou a importante participação de José Luis na articulação do movimento nacional dos servidores das universidades federais, quando o mesmo foi membro da direção nacional da Fasubra. Jovino chamou a atenção para a postura sempre combativa dos dois militantes dentro e fora da universidade.

Julieta relembrou diversos momentos em que lutou lado a lado com o casal, principalmente nos movimentos dos cortadores de cana e dos trabalhadores da colheita da laranja, assim como a participação dos dois no movimento de professores no estado, demonstrando a forte atuação que o casal tinha em toda a região de São Carlos.

Doni denunciou a insistente tentativa da burguesia, através da mídia, de tentar retirar do caso os fundamentos políticos, na busca de apagar da história que os companheiros deram suas vidas na luta pela construção do socialismo.

Gradella dedicou sua intervenção a reforçar a história marcante dos companheiros, cuja participação no processo de construção e fundação do PSTU jamais será esquecida. Também denunciou a incompetência e consequente conivência dos governos FHC e Lula que, já quase no fim do segundo mandato, não realizou nada de concreto para que as investigações apontassem e penalizassem os matadores de aluguel da burguesia, responsáveis pela fria execução do casal. Reiterou ainda que o partido continuará a exigir uma efetiva investigação e continuará a luta a qual os companheiros se dedicaram. Gradella disse que suas memórias estão sempre presentes.