Ataques aéreos já mataram mais de 50 pessoas, a metade mulheres e crianças

O Estado de Israel deu início a uma nova e brutal ofensiva militar contra o território da Palestina. A chamada operação “Margem Protetora” foi lançada pelo exército sionista nesse dia 7 de julho e já deixou 53 mortos segundo o Ministério da Saúde de Gaza. A metade das vítimas fatais seria de mulheres e crianças. Além disso, 465 pessoas ficaram feridas. Só nesse dia 9, Israel lançou 160 ataques aéreos matando pelo menos 27 palestinos.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ameaçou intensificar os ataques e já avisou que a operação será “longa, contínua e dura”, ameaçado inclusive uma incursão terrestre. Pouco antes, o governo judeu mobilizou 40 mil reservistas para a fronteira com a Faixa de Gaza, deixando clara a sua intenção de ocupar novamente a região e perpetrar um novo massacre contra a população palestina.

Escalada de violência
A justificativa para essa nova onda de ataques à Palestina foi o seqüestro e assassinato de três jovens israelenses na Cisjordânia em junho passado. Apesar de o crime não ter sido reivindicado por nenhuma organização e o Hamas negue a autoria, Tel Aviv acusa o grupo palestino pela ação. Pouco depois do enterro dos jovens israelenses, um adolescente palestino de apenas 17 anos foi seqüestrado em Jerusalém por extremistas sionistas. Seu corpo foi encontrado no dia seguinte e a autópsia revelou que foi torturado e queimado vivo.

Um dia antes do início dos ataques israelenses, um túnel havia sido bombardeado matando seis palestinos. Em represália, o Hamas iniciou o lançamento de foguetes à Israel, que até agora não fizeram nenhum vítima. A operação israelense, ao contrário, causou grande destruição na já combalida estrutura de Gaza, além dos mortos e feridos.

Estamos preparando uma batalha contra o Hamas que não terminará em poucos dias“, declarou à imprensa de forma ameaçadora o ministro da Defesa, Moshe Yaalon. Apesar de o governo israelense afirmar que se tratam de alvos militares do Hamas, as imagens mostram inúmeros civis feridos chegando nos hospitais abarrotados da região, incluindo mulheres e crianças. Os alvos do Exército sionista inclui residências e prédios civis.

Como sempre, os EUA, os principais financiadores de Israel, manifestaram seu apoio à ofensiva militar contra Gaza e o seu direito de “se defender”, nada falando sobre as dezenas de mortes de palestinos até agora.

Israel prepara novo massacre
A incursão por terra por tropas de Israel preparada pelo Estado sionista pode repetir o massacre perpetrado pelo país em 2008 e início de 2009, na operação “Ferro Fundido”. Na ocasião a ofensiva israelense deixou quase mil e quinhentos palestinos mortos. Agora, um novo massacre se desenha, com o beneplácito do governo Obama e a conivência da comunidade internacional.

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