CSP Conlutas

Central Sindical e Popular

Na última segunda-feira, dia 21, ocorreu a reunião do Comitê de Luta pelas Liberdades em São Paulo (SP).

Estiveram presentes 26 pessoas, representantes da CSP-Conlutas, Sintrajud, SindMetroviários, Sintusp, PSTU, CST, MRT, SOB, POR, Emancipaçâo Socialista, Ação Antifascista, OACL, Movimento Luta Popular.

Conjuntura

Debateu-se a continuidade das manifestações golpistas, que defendem a intervenção militar contra o resultado eleitoral que derrotou Bolsonaro e deu a vitória da chapa Lula/Alckmin. Apesar que diminuíram em intensidade, comparado com os bloqueios de estradas, tais ações seguem ocorrendo.

Pontuou-se que as organizações políticas de esquerda, como as grandes centrais sindicais, poderiam ter organizado uma resposta de rua contra estas ações da ultradireita, mas não o fizeram por opção política.

Afirmou-se o compromisso deste Comitê em continuar na luta contra os ataques às liberdades democráticas. E que vamos nos enfrentar com todos os governos, independente da sua coloração, desde os municipais, estaduais e federal, porque todos estarão a serviço do capital e enfrentarão as manifestações dos de baixo contra os de cima, apesar das diferenças dos diversos tipos de governo.

Discutiu-se o caráter do futuro governo Lula-Alckmin, onde o PT com sua frente ampla será o gerente do capital, basta ver os personagens da transição como Frota, Henrique Meirelles, Pérsio Arida, Lemann (segundo homem mais rico do país), Trabuco do Bradesco, etc.

O Comitê vai organizar a luta em São Paulo contra o governo Tarcísio/Hamuth, ligado ao bolsonarismo. Já no a anúncio do seu secretariado, demonstra os ataques que virão. A exemplo do projeto de aumento de 50% no salário do governador e sua turma, mostrando o desprezo com o sofrimento da grande maioria da população.

Por isso, a opção que nos resta é defender a classe trabalhadora contra os diversos ataques, de forma independente dos patrões e governos. Lutar pelas reivindicações da nossa classe, como a defesa da Petrobrás 100% estatal; o não pagamento da dívida pública para os grandes banqueiros; pela revogação das reformas Trabalhista e Previdenciária; em defesa das pautas dos quilombolas, indígenas, dos negros e negras, das LGBT’s, dos sem-teto, sem-terra, pequenos agricultores, etc.

Destacou-se, também, a necessidade da autodefesa contra a ultradireita e também contra a repressão dos governos. E a busca da unidade de ação, mesmo com setores que opinem diferente, pelas justas pautas da classe trabalhadora e seus aliados.

Atividades

Como fruto da reunião passada, o Comitê organizou um primeiro Manifesto e colou 10 mil cartazes na cidade de São Paulo.

O Comitê vai participar das atividades da campanha “Despejo Zero”, que será realizada no próximo dia 7 de dezembro.

No dia 13 de dezembro, o Comitê terá um nova reunião, às 19h, na sede do Sintrajud.

Em janeiro, será realizado um Seminário de Autodefesa. Será organizado um pequeno comitê para organizar este seminário. Será divulgado mais detalhes, com a contribuição dos diversos setores que estão organizando este Comitê.