[23/08/2002 18:01] O último dia do Encontro de Cidadania foi aberto pelo pró-reitor de Ensino de Graduação, professor Carlos Eduardo Gonçalves, que falou da importância dos debates para o exercício da cidadania e disse ser uma satisfação receber o candidato Herbert Amazonas, explicando as regras das normas do Encontro.
O candidato do PSTU ao governo do Estado, Herbert Amazonas agradeceu o convite e a oportunidade de debater com os alunos, parabenizando a UEA pela iniciativa de promover o Encontro de Cidadania.
Inicialmente queremos apresentar nossas publicações onde se encontram os pensamentos do partido sobre diversos temas. Ele apresentou o jornal Opinião Socialista, quinzenal, com artigos sobre Educação, Saúde e problemas que afetam o Brasil e outras publicações como a revista Marxismo Vivo que conta com a contribuição de vários intelectuais nacionais e internacionais.
Antes de falar sobre o programa de governo do PSTU para o Amazonas, Herbert fez uma análise do cenário econômico e social mundial, defendendo que não é possível falar do Brasil e do Estado fora deste contexto.
Depois de falar sobre a crise no Oriente Médico e do “imperialismo norte-americano”, Herbert disse que “uma das exigências do FMI é a redução de salários, redução de investimentos em educação e saúde” e que essa é a principal discussão que gostaria de travar com os alunos que assistiram o debate. “Essa conta quem vai pagar são os trabalhadores”.
Herbert fez críticas ao atual governo e disse que para se ter uma infraestrutura capaz de atender a população do estado, “alguém tem que perder” e que seriam necessárias mudanças drásticas.
O candidato citou dificuldades encontradas pelos estudantes de Medicina da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e sobre a UEA questionou: “com a política nacional e a oscilação da economia ainda teremos recursos para manter a Universidade do Estado daqui a dois ou três anos?”.
Ele disse que o partido defende o socialismo porque o atual sistema não tem condições de atender as necessidades básicas da população e para concluir, fez crítica ao governo americano.
[23/08/2002 19:01] Foi encerrado, neste momento, o debate dos alunos, professores e servidores da UEA com o candidato do PSTU ao governo do Estado, Herbert Amazonas. O debate foi mediado pelos professores Admilton Salazar (pró-reitor de Pós-graduação e Pesquisa), Randolpho Bittencourt (diretor da Escola de Ciências Sociais) e José Dantas Cyrino Junior (Diretor da Escola Normal Superior). O candidato respondeu a diversas perguntas sobre a UEA, Zona Franca de Manaus, saúde e educação pública.
Durante o debate o candidato foi questionado sobre seus planos para a UEA. Ele disse que, se eleito, irá receber propostas da comunidade universitária para implementar as mudanças necessárias. “No governo do PSTU chamaremos vocês e os trabalhadores para lutar pela ampliação das verbas para educação, promovendo melhorias neste setor. A educação é prioridade para o PSTU e nossos planos para a UEA são a participação do corpo discente e da comunidade em geral em discussões voltadas para desenvolver a universidade”. Ele disse que toda a iniciativa que desenvolve o conhecimento deve ser vista da melhor maneira e é essa a visão do partido sobre a UEA.
O candidato respondeu a várias questões sobre turismo como meio de desenvolver a economia, inclusive sobre planos para atividades no interior. Invasões e violência urbana também foram pontos de debate com os alunos de Turismo da UEA. “O turismo tem que existir, mas não pode ser a principal porta de desenvolvimento do Estado. Precisamos de um orçamento participativo”, respondeu Herbert Amazonas a uma questão do aluno de Turismo da UEA sobre o turismo ser a porta de desenvolvimento do Amazonas.
“Devolver o BEA, devolver a Cosama, essas são algumas das nossas propostas para o desenvolvimento financeiro e estatal do nosso governo”, disse o candidato Herbert Amazonas. “Só para turismo temos que ter um pólo industrial conjunto no nosso Estado. Os trabalhadores têm que participar dessa discussão”, afirmou o candidato do PSTU.
“Vou falar sobre a minha candidatura se não acredito nas eleições. Faço parte de uma organização que acredita numa sociedade não capitalista e não tem vergonha de dizer que não conseguimos enxergar outra saída para atual crise que se encontra a população se não com o movimento, mobilização da população”, disse ele. “Não temos esperança em ganhar a eleição. Temos esperanças concretas e reais de mudança na sociedade, mas uma mudança que começa pela população”, ressaltou ele.
Ele agradeceu a oportunidade de debater com os candidatos e ressaltou a organização do evento. Herbert Amazonas disse esperar que a Universidade do Estado do Amazonas cresça oportunizando a discussão em todas as esferas da sociedade.
Jornal Notícias da UEA – Universidade Estadual do Amazonas