Metalúrgicos de empresa de armamentos emItajubá (MG) conquistam piso salarialOs trabalhadores da Imbel de Itajubá (MG) terminaram a greve com uma vitória histórica. Após vários dias de paralisação a empresa não teve outra saída e convocou uma reunião com a direção do sindicato, para a terça-feira, dia 19/05. Na quarta feira, logo pela manhã, o sindicato realizou uma grande assembléia com os trabalhadores da unidade e apresentou a proposta arrancada pela comissão de negociação dirigida pela sindicato. Os diretores do sindicato apresentaram uma proposta que trazia 59,35% de reajuste salarial, o que significa um aumento no piso salarial de R$ 465 para R$ 741 um abono de R$ 728 e o preço fixo da cesta básica de R$ 284, R$ 84 além da manutenção da convenção coletiva dos metalúrgicos.

Em meio a aplausos e um clima de emoção, os trabalhadores levantaram as duas mãos e aprovaram por unanimidade a proposta apresentada pelo sindicato. Esta conquista representa para os trabalhadores da Imbel a consolidação de uma luta que perdurava por 10 anos. Por todo este período as greves e mobilização eram permanentes e as reivindicações giravam em torno do aumento do piso salarial, que não ultrapassava um salário mínimo. Com a aprovação do acordo, nenhum trabalhador (a) poderá receber como salário menos que R$ 741 por mês, algo inimaginável para os trabalhadores da fábrica. “Esta vitória confirma o que vínhamos dizendo, de que somente a luta direta dos trabalhadores apoiada nos seus instrumentos de luta poderá fazer avançar nas conquistas para nós trabalhadores, pois esta reunião é fruto de nossa greve e de uma historia de luta dos metalúrgicos de Itajubá e do nosso sindicato” disse Paulinho, trabalhador da Imbel e diretor do sindicato dos metalúrgicos.

Greve se enfrentou com traição da CUT
A todo o momento a turma da CUT tentou dividir e acabar com a nossa greve. Enquanto o sindicato convocava os trabalhadores para assembléia a turma da CUT cercava os trabalhadores e tentava convece-los a não atenderam ao chamado do sindicato. Na assembléia os trabalhadores tiveram que escolher entre duas propostas, a do SINDICATO que propunha greve imediatamente e da CUT que propôs não fazer greve e retornar para o interior da empresa e esperar a vontade dos coronéis. Os trabalhadores votaram na proposta do SINDICATO e pela realização imediata da paralisação e da greve. Para surpresa, a turma da CUT, desrespeitando a vontade e decisão da assembléia, vira as costas para os trabalhadores e entra para o interior da fábrica, furando a greve na Imbel. Já dentro da empresa esta turma trabalhava contra desmobilizando os trabalhadores.Mais uma vez ficou claro a quem serve a CUT, senão aos patrões e ao seu governo e sua política de manutenção dos lucros das grandes empresa a revelia dos trabalhadores. Esta central há muito tempo abandonou as lutas e a todo momento tentou dividir e enganar os trabalhadores.

Vitória fortalece as lutas
A conquista dos operários da imbel fortalece a ação de um setor do movimento operário que concentra suas forças na construção da Conlutas e que tem a responsabilidade de retomar para sua mãos a consolidação de uma ferramenta nacional que unifique todos os lutadores. Os trabalhadores da Imbel, uma empresa ligada ao governo federal, são parte desta construção na medida em que não abandonaram suas lutas e estiveram firmes todos estes anos construindo lutas e acreditando em suas próprias forças como ferramenta determinante para mudar suas vidas e de suas famílias. Portanto estes trabalhadores expressam na realidade a retomada de da construção de uma nova direção, que acredita fielmente na luta e no poder de nossa classe.

SAIBA MAIS
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