Ato do dia 28 na Paraíba
Paulo Barela, da CSP-Conlutas

Dia 28 de outubro está inserido no calendário como o Dia de Servidor Público. Porém, esse não foi um dia de comemorações para os servidores públicos, mas de muita organização e disposição para lutar contra as políticas do governo Bolsonaro, que pretende aplicar uma reforma administrativa para destruir com os serviços públicos e acabar com os direitos dos servidores.

Organizados pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores, onde a CSP-Conlutas tem uma participação muito importante, a categoria transformou ruas e praças em palco de manifestações e protestos nas principais cidades do país. Mesmo com a pandemia, e assegurando os cuidados sanitários necessários, a categoria moveu milhares de pessoas nas atividades desse dia 28. E não foram só os servidores públicos; trabalhadores de estatais, como de Correios e da Petrobras, além de outros setores e movimentos populares, somaram-se aos protestos demonstrando que a unidade é o fator que pode levar a derrota a PEC-32 da reforma.

As atividades foram em todas as regiões, mas destacamos São Paulo, onde o ato reuniu centenas na Praça da Sé e no Rio de Janeiro, onde outras centenas também se concentraram no Largo da Candelária e depois se deslocaram em passeata pela av. Rio Branco. Em Porto Alegre, o ato conjunto foi em frente à Prefeitura. Em Fortaleza, trabalhadores da construção civil se uniram aos protestos junto com os servidores públicos e em Cuiabá uma grande carreata desfilou pelas principais ruas da capital do Mato Grosso. Além disso, várias cidades do interior, como Campinas, em São Paulo, e Londrina, no Paraná, por exemplo, realizaram ações e manifestações bem representativas.

O dia foi encerrado com um Ato-Live Nacional, onde foram mostradas as manifestações que aconteceram no país e flashes das manifestações que ainda ocorriam em tempo real.

A CSP-Conlutas foi protagonista nestas atividades, levando as organizações e movimentos de base da central para participar dos protestos e ampliar a luta contra esse governo e sua política. No mesmo sentido, a militância do PSTU tomou essa como uma das tarefas prioritárias do partido e se uniu aos ativistas nos protestos. Em vários desses atos, nossos candidatos a prefeitos e vereadores tomaram a palavra para defender os servidores e o serviço público, mas, ao mesmo tempo, alertar para a necessidade de avançar na construção de uma alternativa de Estado dos próprios trabalhadores. Essa alternativa é uma sociedade socialista e só ela, através de uma revolução da classe trabalhadora, poderá garantir todas as condições necessárias para garantir, emprego, salário, saúde, educação, moradia, lazer para toda nossa classe.

Não à Reforma Administrativa e em defesa do serviço público

Fora Bolsonaro, Mourão e Guedes!