A grana do novo acordo vai financiar também a montanha de dólares que especuladores, banqueiros, multinacionais e, inclusive, parte da burguesia brasileira estarão enviando nestes dias para o exterior.
Até abril deste ano saíram 7 bilhões de dólares do Brasil (entre dívida, remessa de lucros das multinacionais, etc). Só no mês de junho saíram 4,2 bilhões de dólares, a maior fuga de capitais e de dólares desde a crise cambial de 1999. Os números de julho serão muito piores. Basta dizer que só pelas contas CC5 (remessas cuja origem não precisa ser comunicada ao BC) saiu mais de 1 bilhão de dólares. Durante a crise de 1998 que explodiu em cheio em 1999, o governo torrou 48 bilhões de dólares das reservas do país com os especuladores, que levaram esse dinheiro pra fora.
O governo, ao invés de estancar a sangria e proibir a remessa de dólares, de lucros e suspender o pagamento da dívida, faz o contrário, pega mais dinheiro emprestado e se compromete a entregar mais riquezas e cortar mais gastos sociais. Favorecendo e indo na direção de acelerar a pressão pela implantação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca) pois o acordo com o FMI deixará o Brasil ainda mais de joelhos.
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