No dia 13 de fevereiro, no 24º aniversário do PT, as TVs divulgaram imagens cedidas pela revista Época, na qual Waldomiro Diniz, braço direito do ministro José Dirceu, aparece negociando propina com Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, empresário do ramos de jogos, vulgo bicheiro. O vídeo, de 2002, ano eleitoral, mostra Waldomiro oferecendo um edital de licitação da Loterj (Loteria do Rio de Janeiro) para que o empresário o modifique de acordo com seus interesses.
Waldomiro Diniz, então presidente da Loterj, pede dinheiro para as campanhas de Rosinha Matheus (ex-PSB, hoje PMDB) e Benedita da Silva (PT), ao governo do Rio, e para a de Geraldo Magela (PT), candidato ao governo do Distrito Federal.
O governo exonera Waldomiro e declara que suas atividades ilícitas não ocorreram sob o governo Lula. A oposição pede uma CPI. A bancada do PT no Senado diz que só aceita se a CPI for ampla e investigue todos os financiamentos de campanha, incluindo as denúncias contra as campanhas de FHC e Serra. Enquanto o PSDB colhe assinaturas e o Planalto desautoriza a proposta de CPI ampla, o PL colhe assinaturas suficientes para instalar uma CPI dos Bingos.
Vem à tona que Waldomiro continuou envolvido nestas histórias sob o governo Lula. Ele admite ter participado de reuniões com executivos da Gtech multinacional que negociava a renovação de contrato milionário de administração de loterias com a Caixa Econômica Federal.
Após o PL conseguir assinaturas suficientes para uma CPI dos bingos, o governo edita medida provisória que proíbe bingos.
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