Cerca de 10.000 estudantes secundaristas e universitários de várias regiões de São Paulo ocuparam o vão do MASP para repudiar os ataques do exército norte-americano ao povo do Iraque. Com muita animação, os grupos escolares chegavam na concentração, gritando palavras-de-ordem e xingando Bush. Enquanto, aguardavam, escreviam mensagens para Bush em um imenso pano branco. A manifestação foi organizada pela UPES, UNE, UBES e pelo Comitê Paulista contra a Guerra ao Iraque.
Sob uma intensa chuva e já com a presença de trabalhadores e representantes da comunidade árabe, a passeata tomou a Avenida Paulista em direção ao Consulado dos EUA, na rua Padre Manoel. Na porta do Consulado, que estava fechado e isolado pela polícia, foi realizado um ato de encerramento, onde falaram as entidades estudantis e as organizações que compõem o comitê. Pelo PSTU, falou Dirceu Travesso, que propôs a realização de paralisações nas escolas e nas empresas para derrotar a agressão imperialista.
Os manifestantes queimaram uma bandeira dos EUA e jogaram dezenas de bombas feitas de chocolate na fachada e, para representar o sangue que está sendo derramado na busca do petróleo iraquiano, sacos com tinta vermelha e preta. O protesto recebeu o apoio até mesmo de funcionários da embaixada, que de uma das janelas, acenavam lenços brancos e aplaudiam.
No dia 22 de março, sábado, a partir das 11 horas, os estudantes vão realizar uma Festival de Música contra a Guerra na Praça da Sé, com a participação dos Racionais.