O Coletivo de Artistas Socialistas (CAS), com o apoio do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversão do Estado de São Paulo (Sated), promove, no próximo dia 17 de novembro, segunda-feira, a mesa redonda A atualidade da luta pela arte verdadeira e pela valorização do artista. O evento é uma comemoração aos 70 anos do manifesto escrito por Leon trotsky e André Breton, em 1938, e que lança a Federação Internacional da Arte Revolucionária Independente (Fiari).
Para falar aos presentes, estão convidados a professora da USP e crítica teatral Iná Camargo Costa e o dirigente da Liga Internacional dos Trabalhadores (LIT-QI) Bernardo Cerdeira. O debate será mediado pela também professora de teatro Maria Cecília Garcia.
A Fiari surgiu em julho de 1938, criada pelo escritor francês e teórico do surrealismo André Breton e ativamente apoiada pelo revolucionário russo Leon Trotsky. A federação era uma resposta à arte capitalista e ao cerceamento da liberdade artística pelo fascismo e pelo stalinismo. Não por acaso, a Fiari nasceu no mesmo ano e momento histórico da IV Internacional.
No texto “Por uma arte revolucionária independente“, denunciam o que o capital vem fazendo em relação à arte e comparam às atrocidades que também fez o estalinismo na Rússia. Avançam mais, defendendo como revolucionária toda a arte que seja independente e chamando todos os artistas revolucionários e independentes a se somarem à construção da Fiari.
No Brasil, o movimento teve repercussão e reuniu artistas e pensadores. Entre eles, Pagu e Mário Pedrosa, que lideraram grupos no país.
O CAS convida ao debate afirmando que ele é “atual e necessário nestes tempos de mercantilização da arte e de crise econômica que representa uma ameaça concreta à produção artística, atrelada que está às leis de incentivo e benesses de bancos e empresários”.
A mesa redonda acontecerá a partir das 20h, no Teatro X, que fica na rua Rui Barbosa, 399, na Bela Vista, em São Paulo (SP). A entrada é franca e aberta a todos os interessados.