Na Copa tem greve: Repressão não intimida operários, que enfrentam também a intransigência da patronal
Nesta quarta-feira (25), terceiro dia da greve dos trabalhadores da Construção Civil de Fortaleza (CE), a categoria foi atacada pela Polícia Militar durante um protesto pacífico. A manifestação teve concentração no shopping Rio Mar, seguiu rumo à Praça Portugal e, já no início, foi reprimida por policiais que usaram bombas, gás lacrimogêneo e bala de borracha contra os trabalhadores. A Tropa de Choque fez um cerco aos manifestantes na rua Historiador Raimundo Girão.
A mesma atitude truculenta foi cometida pelos policiais nas manifestações realizadas pelos trabalhadores nos dois primeiros dias de greve. A categoria não se intimidou e não se intimida e prosseguiu com ato.
A CSP-Conlutas repudia a repressão e intimidação dos policiais contra trabalhadores que estão nas ruas, fazendo valer o direito de se manifestar. Lutar é direito, não é crime!
Reivindicações
O Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Fortaleza (STICCRMF), filiado à CSP-Conlutas, está em luta para que os patrões retomem as negociações com a categoria. As empresas se recusam a discutir plano de saúde, segurança e melhores condições de trabalho.
A categoria mantém suas reivindicações que envolvem 15% de reajuste salarial, cesta-básica de R$ 150, plano de saúde, um acréscimo de 5% de vagas exclusivamente para mulheres nos canteiros de obras, hora-extra no trabalho aos sábados de 100%, auxílio-creche, e a criação do dia do trabalhador da construção civil.
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